Prémio justo

Nem sempre concordo com as opções de Manuel Cajuda e perco muitas vezes a paciência com a previsibilidade do futebol do Vitória. Mas o mérito do "Manel" é incontornável e já por várias vezes demonstrei a minha admiração pelo homem que devolveu a dignidade ao Vitória.

Cajuda é a face do novo Vitória, um homem com o carácter e a personalidade e um fantástico condutor de homens.
Por isso é que a núncio da renovação de contrato do técnico vitoriano é uma boa notícia. Ainda que no futebol os contratos pouco valham, o Vitória dá pelo menos um sinal de estabilidade importante, para poder projectar o futuro próximo.
Entretanto, tem surgido na imprensa especializada a noticia de que dois juvenis do Vitória estarão a prestar provas no Chelsea, havendo mesmo a possibilidade de os dois clubes assinarem um acordo de colaboração.
O facto é um atestado de competência à "escola" vitoriana e um motivo de regozijo dos dirigentes. Mas pode significar também que o Vitória vai começar a vender cada vez mais cedo as suas jóias. Repetindo erros como os dos negócios de Rabiola e Pelé (titular na última vitória do Inter) – e anunciam-se outros como Geromel, Moreno e Targino. Vender cedo, de forma apressada e por valores baixos é condenar o clube a uma asfixia financeira e desportiva no médio prazo. E essa tem sido a mais forte crítica à direcção de Emílio Macedo da Silva.

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