Modernizar os TUG (IV)

Não só de pequenas intervenções se faz a melhoria de serviço dos TUG. Os Urbanos de Guimarães têm se ser alvo de uma forte aposta, sob pena de perderem competitividade e atractividade.

Primeiro passo: alargar a rede. O centro da cidade é bem servido, as principais áreas urbanas, próximas do centro, também. Mas falta chegar mais longe. É inconcebível que os transportes públicos vimaranenses não sirvam o segundo pólo urbano do concelho. É urgente fazer chegar os TUG às Taipas e a Ponte.

E há outras freguesias, como Brito, que começam a ter dimensão suficiente para valorizar uma aposta deste tipo. Olhemos para Braga, por exemplo, onde os TUB, com todos os defeitos que têm, fazem serviço até ao limite do concelho de Guimarães. Isto é ter noção do serviço público.

Depois há que reforçar a oferta em área já abrangidas pelos TUG. Por exemplo, outras das vilas vimaranenses mais povoadas, Pevidém, é miseravelmente servida pelos TUG, especialmente ao final do dia.

É também urgente alargar horários. À noite praticamente não há autocarros em Guimarães, o que é problemático para quem quer deslocar-se a essa hora, para fora da cidade ou em direcção a ela. É inviável manter todas as rotas dos TUG, mas podia ser criado um serviço nocturno que fundisse rotas, ainda que mais alargadas ou mais espaçadas no tempo, dando oportunidade às pessoas de utilizarem os transportes públicos.


Outras soluções podiam ser levadas à prática tendo em vista a modernização dos TUG. Mais caras e com menor eficácia a curto prazo. Por exemplo, a modernização da frota, nomeadamente com a aquisição de veículos amigos do ambiente e veículos mais pequenos para rotas com menos procura ou para horários menos preenchidos. Ou a instalação de painéis de sinalização electrónicos nos veículos e um serviço de horários por SMS. Mas, já se sabe, os transportes públicos da “província” não recebem o mesmo tipo de tratamento das suas congéneres de Lisboa e Porto.

1 reacções:

Paulo Lopes Silva | 02:26

Se neste momento os TUG já estão a necessitar de uma forte aposte, então depois da suposta transformação que a cidade vai sofrer mais ainda.

Por exemplo no que diz respeito ao projecto, dos 5 projectos, Toural, o trânsito, que é a desculpa fundamental para a intervenção, poderia ser parcialmente resolvido com uma maior aposta nos serviços de transporte público. Porque quem mora em ponte e taipas, tem mesmo que vir de carro. Ou camioneta e sai no Shopping.

Já para não falar, que se nos queremos tornar num destino competitivo em termos turísticos, os transportes públicos são mesmo um dos primeiros passos.

Isto numa altura em que António Magalhães quer largar alguns projectos bem interessantes de transportes públicos. A ver vamos o que o futuro reserva a Guimarães