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Começou

Fotografia do El País.
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noc noc

Há eventos que merecem ter todo o sucesso possível. O Guimarães noc noc que decorre no próximo fim de semana é um deles.

Para quem ainda não ouviu falar do noc noc, a ideia tem tanto de simples quanto de genial: dar a oportunidade aos artistas de mostrarem os seus trabalhos, nas suas casas, ou então na dos vários espaços que se associaram ao evento. Assim, concentrados numa área de algumas centenas de metros, podem ser vistas obras das mais diversas expressões artísticas (arquitetura, artes plásticas, artes digitais, dança, design, fotografia, música teatro, instalação, performance, etc...). Durante o fim de semana, os espaços abertos estarão sinalizados e serão distribuídos mapas com a informação do muito que se poderá ver.

E se os artistas ainda vão ter a oportunidade de mostrar o que valem, a organização do noc noc já provou que sabe como trabalhar um evento destes. Dos postais e spots noc noc, espalhados pelas redes sociais (que tiveram um efeito quase viral, a mostrar como se pode fazer bom marketing e comunicação sem consumir milhares de euros por mês); da capacidade de descobrirem dezenas de espaços de exibição para os artistas, da forma como têm trabalhado a imagem e a seriedade do evento junto da imprensa local e das várias instituições (o que já lhes valeu a integração, mais do que justa, na programação da Capital Europeia da Cultura), o Guimarães noc noc já criou o seu espaço na oferta cultural da cidade. Só por isso, já merecem o meu reconhecimento. Agora a bola está do lado dos artistas.

Bom fim de semana noc noc a todos.
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Tostões e Milhões

Sempre fui contra o voluntariado em grandes eventos. E quando falo em grandes eventos, quero explicitamente dizer eventos com grandes orçamentos. Sempre me fez confusão a ideia de que se poderiam gastar milhares em meia-dúzia de pessoas e acontecimentos que eram ao mesmo tempo alicerçados nas costas de dezenas de jovens voluntários, ingénuos e optimistas na ideia de que estariam a fazer algo útil.

Ao ler o regulamento do Pop-Up para a Guimarães 2012 preocupa-me ainda mais a ideia de que a «exploração» tenha outros níveis, e que os artistas convidados a intervir no espaço público durante 2012 tenham como linha-orientadora do concurso a noção de que "não há dinheiro". Não há um tema forte, não existe ainda um mapa de locais onde se pode intervir (e que podem alterar radicalmente qualquer projecto), há acima de tudo uma orientação chave: "não há dinheiro".

Começo a duvidar se somos a Capital Europeia da Cultura se a Capital Financeira da Cultura tal o ênfase (em algumas áreas) na tónica do dinheiro. É ler o projecto inicial de candidatura e pensar que das duas uma: ou a cultura se tornou um negócio, ou o projecto inicial de candidatura se tornou uma daquelas fábulas bonitas que nos contam ao deitar quando somos crianças.

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A Penha e a CEC

O Guimarães Digital publica hoje uma notícia e reportagem vídeo dando nota do descontentamento da Irmandade da Penha por não ter tido qualquer contacto com a Fundação Cidade de Guimarães (FCG), apesar dos esforços desenvolvidos. Este é um facto grave, revelador da falta de ligação dos responsáveis por Guimarães 2012 à comunidade vimaranense. Pelos vistos, os erros apontados pelo Conselho Geral ao Conselho de Administração da FCG não foram ainda corrigidos. Continuamos na mesma?

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Novo Conselho de Administração da FCG

Na tarde passada foi divulgada a composição do novo Conselho de Administração da Fundação Cidade de Guimarães. Após a demissão de Cristina Azevedo e a escolha do seu anterior número 2, João Serra, para presidir a esta instituição, eis os novos nomes do Conselho de Administração:

Presidente: João Serra
Administrador executivo da Fundação Cidade de Guimarães desde a sua constituição.

Vogal executivo: Paulo Cruz
Formado em Engenharia Civil. Presidente da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho (pólo de Azurém) (Público). Curriculum Vitae.

Vogal executivo: Rosa Amora
Natural de Torres Novas. Vice-Presidente do extinto IPPAR (2003-2005), desde 2008 gestora do Centro Hospitalar do Médio Tejo (Público). Antiga adjunta do pelouro da cultura da Câmara Municipal de Lisboa (JN). Perfil no LinkedIn.

Vogal não executivo: Fortunato Frederico
Vimaranense, empresário, líder do grupo de calçado Kyaia (entre outras, marcas Fly London e Foreva). Presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, eleito em Julho de 2010 (Expresso).  Recentemente, participou no Fórum Novas Fronteiras.

Vogal não executivo: Francisca Abreu
Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães. Administradora da FCG por inerência decorrente das funções autárquicas que desempenha.

Fotografias obtidas através do grupo do Facebook Conferência Permanente de Cidadãos - CEC Guimarães 2012.
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À deriva

Um clube que irá provavelmente fazer os jogos mais mediáticos da época nas próximas duas semanas e ainda não tem patrocinador oficial;

Um clube que impede a utilização pelo treinador do único ponta-de-lança numa final, com a desculpa de uma transferência certa, mas que continua a treinar com os colegas 3 dias depois;

Um clube que vende/empresta os dois jogadores jovens mais cotados e que poderiam fazer a sua época de afirmação;

Um clube que não inscreve um jogador na Liga e, dois dias depois, inscreve-o nas competições europeias;

Um clube que aparece constantemente nos jornais, com anúncios de saídas, entradas, negociações falhadas, entraves a contratações de jogadores e todo o tipo de boatos...

É um clube à deriva. O Vitória merece mais do que isto.
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Património da Humanidade aqui ao lado

Ontem, terça-feira, no Correio da Manhã, publicava-se uma notícia sobre a ideia da candidatura do Bom Jesus do Monte, em Braga, a Património da Humanidade da UNESCO. É, sem dúvida, um local de grande beleza e com um muito interessante conjunto arquitectónico mas... será suficiente?

Entretanto, não se fala mais da candidatura das Nicolinas a Património Imaterial da Humanidade. E da ideia da candidatura dos castros da região também não temos notícia. Demasiado património de valor para a nossa capacidade técnica e política de o afirmar? Ou tendemos a sobrevalorizar do que temos?