5 projectos: marcha-atrás? (II)

O vereador municipal com a “pasta” das obras públicas, Júlio Mendes, foi ao Vips on-line do Cybercentro. Nas respostas às questões dos cibernautas, o autarca deixou novas pistas para analisarmos os 5 projectos para Guimarães.

Pessoalmente, destaco a marcha-atrás num dos projectos que mais me animavam, o do metro. Diz Júlio Mendes que “a linha de mini-metro é um "apontamento" de modernidade proposta pelo autor do estudo. Sinceramente, não me parece que possa ser uma realidade a curto ou médio prazo”. Lamento. Como já
escrevi uma linha de metro seria uma importante infra-estrutura para o concelho. E muito mais pertinente que 410 lugares de estacionamento ou um lago artificial.

Júlio Mendes prefere não avançar com números para os projectos. Os custos das obras dependem “da extensão das intervenções”. Reforçando que “nenhuma ideia foi recusada”, defendeu que o Toural deve ter um parque de estacionamento e que o CampUrbis “será o projecto que irá satisfazer mais os vimaranenses”.

“Queremos tornar a cidade de Guimarães mais atractiva para quem aí vive e para ser capaz de atrair novos habitantes. Obviamente, todo o Concelho terá vantagem nisso”, destacou o vereador, embora recusa a ideia de que se tratem de projectos “arrojados”: “Uma cidade é viva e dinâmica. Não pode ser interpretado numa perspectiva museológica. As propostas apresentadas, na nossa opinião, respeitam a “carga" histórica da cidade”.

Segundo afirmou, a câmara já recebeu “várias dezenas” de contributos. As decisões acontecerão “logo que se perceba que começa a cessar a participação”, o que deve acontecer até ao final do ano. E abre o jogo: “Os projectos apresentados só serão realidade se obtivermos comparticipação do QREN. O orçamento municipal não chega”.
Nada de novo, portanto.

No final uma nota de bom-senso: “Julgo que a discussão acerca do Toural não se pode centrar na questão redutora das árvores. Isso é um pormenor que o projecto pode vir a resolver. Antes disso, devemos decidir se queremos intervir na praça, se precisamos de o fazer, considerando que a Capital Europeia da Cultura está aí à porta.”

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