Ainda os 5 projectos para Guimarães

Há quase um mês foram apresentados os Cinco Projectos para Guimarães e continuam a ser o facto que marca a agenda vimaranense. Na blogsfera, nas discussões políticas ou nas conversas dos cidadãos. É bom sinal! A nova cidade vai ser discutida por todos e o que daqui surgir vai ser “nosso”. E isto diz muito aos vimaranenses.

António Magalhães, presidente da câmara, anunciou que serão necessários 40 milhões de euros para por tornar todos estes projectos realidade. Dinheiro que a autarquia não tem, pelo que será necessário aguardar pelas dotações financeiras que Estado e União Europeia poderão reservar para Guimarães.

E isso vai depender da forma como os governantes centrais analisarem a pertinência dos projectos. Daí que seja necessária a mesma inteligência de negociação e de lobying que colocou Guimarães na rota da Capital da Cultura ou da cimeira europeia no Multiusos.

No entanto, o que, à partida, me parece claro é que parte dos projectos são para “deixar cair”. Porque a câmara necessita de financiamento que pode não vir a ter. E há projectos cuja pertinência é difícil de justificar, como o do lago natural na Veiga. E nessa altura a autarquia terá que fazer escolhas – ou esperar que Portugal e a Europa decidam por Guimarães?

A análise que fiz dos “Cinco projectos para Guimarães” vai ser enviada à autarquia através do serviço disponibilizado no sítio do Município.

post scriptum – é curioso: as ideias vertidas em algumas destas iniciativas eram avançadas, há uns largos anos, para um dos maiores erros cometidos na cidade, o Campo das Hortas. A Feira esteve projectada para se instalar aqui, o parque aquático também chegou a circular como uma possibilidade, mas, no fim de contas, as Hortas tornaram-se um mero parque de estacionamento – que curiosamente raramente está lotado –, com uma envolvente que, durante anos, tornou o espaço foco de marginalidade. Seria bom não voltarmos a cometer erros.

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