CampUrbis


Conheça o projecto

O CampUrbis não é propriamente uma novidade. Em Julho do ano passado tinha sido anunciado e já nessa altura tinha deixado aqui a minha opinião sobre o assunto.

Sinal +

Recuperar o antigo quarteirão industrial é uma ideia antiga. É, arrisco, uma ideia obvia. Tanto mais que a cidade fez da recuperação do seu quarteirão histórico habitacional o motor da sua afirmação. A associação com a Universidade do Minho é o motivo lógico para finalmente recuperar imóveis de valor arquitectónico e patrimonial inegáveis e cuja degradação era incoerente face à aposta na recuperação do património que levou Guimarães a ser reconhecida pela UNESCO.

Apostar na presença da Universidade é sinal de inteligência politica. A UM tem um prestígio internacional já amplamente reconhecido e tem sido sempre um parceiro importante na afirmação do concelho. Fazer boa política é aproveitar as mais-valias ao nosso dispor. E a Universidade do Minho é claramente a mais importante mais valia em que Guimarães pode apostar.

Tal como o no AvePark, a autarquia aposta na articulação com instituições académicas, centros de investigação e empresas de ponta para promover o desenvolvimento do concelho. Guimarães não pode ser só uma cidade terciarizada e de turismo. A ciência e tecnologia são dois vectores essenciais para um futuro risonho e a única salvação para o tecido industrial da região.

Investir em S. Sebastião. Das três freguesias que compunham o tradicional núcleo urbano de Guimarães, S. Sebastião foi o que menos investimentos recebeu ao longo dos últimos 20 anos. Recentemente o complexo multifuncional de Couros foi a primeira pedra de uma nova dinâmica que a autarquia pretende imprimir a esta freguesia. É nestas alturas que não percebo como há vilas a reclamarem mais investimentos, quando no centro da cidade tem havido freguesias com “orçamento zero” para a sua modernização.

Sinal –

O Rio de Couros apresenta-se como o eixo fundamental da intervenção que criará o CampUrbis. Este projecto, tal como o da Veiga de Creixomil e o seu gigantesco lago – do qual falarei num dos próximos dias – necessitam assim que o rio seja recuperado, para que deixe de ser não apenas um motivo de vergonha dos vimaranenses como um embaraço para os habitantes sempre que a chuva cai com mais intensidade. Estará a autarquia em posição de o poder prometer? É que a recuperação do Couros já era uma ambição quando do Euro 2004. E a realidade que vemos é de um esgoto público, pontualmente coberto a cimento.

A autarquia permite-lhe deixar a sua opinião aqui.

Nos primeiros dois dias de auscultação pública foram enviados à câmara mais de 40 opiniões sobre os cinco grandes projectos. A iniciativa está a mobilizar as pessoas de Guimarães – e de fora do concelho –, facto que se saúda.

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