Estão finalmente definidas as datas das últimas eleições de 2009. Dia 27 de Setembro vamos às urnas eleger os representantes por circulo eleitoral para a Assembleia da Republica e por consequência o novo Primeiro-Ministro. Duas semanas depois, a 11 de Outubro teremos Autárquicas. A decisão conjunta de Primeiro-Ministro e Presidente da Republica correu bem, e há que reconhecer-lhes o mérito de respeitar a democracia.
Durante as férias, é certo, o tema quente será sempre a discussão do trabalho do governo que cessa funções, e sobrarão 15 dias para se discutirem os órgãos de gestão local. Sabendo de antemão que um resultado eleitoral demora sempre uma semana a dissecar, e que tal acontecerá por certo, sobra uma semana eficaz para campanhas autárquicas. Em que se vai discutir muito pouco.
Ganhe quem ganhar a primeira eleição, seja qual for o próximo governo, esse resultado eleitoral trará um élan mais do que suficiente para virar eleições em locais disputados.
Na minha opinião, como já fiz questão de o dizer anteriormente, a solução de fazer ambas as eleições no mesmo dia era um atentado à democracia, mas não deixo de ressalvar que dentro dos prazos que cada eleição tinha como balizas poderiam ter resolvido por datas mais separadas de forma a conseguir ter dois debates distintos e esclarecedores para cada um dos palcos.
Mais ainda, esta proximidade de duas semanas traz um problema acrescido: a mobilização. Será extremamente complicado levar consecutivamente às urnas uma população que acabou, nas Europeias, de dar provas de falta de interesse pela situação politica.
Dentro das possibilidades que se colocavam esta acaba por ser um mal menor. Não satisfaz mas também não atenta contra a democracia. Agora fica na mão dos portugueses.
A ler:
Governo marca data das eleições autárquicas para 11 de Outubro, PublicoCavaco marca eleições legislativas para 27 de Setembro, Publico