Conversas Autárquicas - César Machado (PS)

Há quatro anos foi uma das novidades na lista do PS à Câmara de Guimarães. Foi vereador no último mandato e volta a surgir em lugar elegível na candidatura socialista. César Machado é o último convidado das Conversas Autárquicas do Colina Sagrada no restaurante Vira Bar.


O vereador do PS entende que o mandato que agora termina foi conseguido, apesar das particularidades que teve. “Foi um mandato diferente porque a partir do meio do mandato começamos a trabalhar para o próximo por causa da CEC”, avalia César Machado.


Ainda assim, há marcas que o socialista aponta, como a abertura do AvePark – “algo que marcará decisivamente o nosso futuro” – o aumento do afluxo de turistas e o reforço da afectividade dos vimaranenses para com a sua cidade. César Machado diz que os últimos anos foram também marcados pela reabertura do São Mamede o que, não sendo responsabilidade da câmara, “é representativo da forma como se tem trabalhado na cultura nos últimos anos”.


Machado defende ainda o executivo das críticas pela não concretização das piscinas municipais prometidas para as vilas. “Decidimos suportar um custo político depois dos problemas existentes na Muvipar”, explica, lembrando que o PSD concordou com essa postura, antes de ter criticado a situação. “Isto não é sério. Estávamos todos de acordo e não me parece que seja razoável atacar o outro depois disso”, aponta.


A mesma crítica é feita em relação ao novo espaço da feira semanal. “O PSD bateu-se pela retirada da feira do espaço actual e agora propõe que ela fique lá”, lembra. O autarca do PS defende que o espaço actual não tem condições para ser controlado por ser excessivamente aberto, situação que a nova localização vai contornar.


O vereador socialista defende também a gestão das cooperativas municipais. “Funcionam muito bem e permitem fazer uma gestão autónoma em áreas que deve ter autonomia”, afirma, recusando que a forma jurídica seja uma forma de ocultar as contas: “Esses documentos são registados e são públicos”.


O mandato da CEC


Grande parte da conversa com César Machado girou em torno da Cultura e da CEC 2012. “É incontornável”, assume o vereador. “A CEC tem uma dimensão que não se compara a nenhum outro desafio que o município teve e é concentrador de muitas energias. Tem necessariamente que ser uma coisa que concentre a atenção da câmara municipal”, assegura, explicando que o programa eleitoral do PS seja muito centrado no evento.


Entre elogios à colega da vereação na Cultura – “Temos uma politica nessa área que fez de Guimarães uma cidade que se tornou numa referência nacional” – Machado diz ver “com bons olhos” a proposta do PSD tendo em vista o estabelecimento da Orquestra do Norte no CCVF. E espera que 2012 consiga gerar potencialidade suficiente para se dispersar para muitas áreas e ser um catalisador, especialmente para o turismo e para a aposta nas indústrias criativas. O vereador não tem dúvidas que “será um ano de viragem”.


As Conversas Autárquicas organizadas pelo Colina Sagrada têm o patrocínio do restaurante e cervejaria Vira-Bar, na Alameda de S. Dâmaso, em Guimarães.

1 reacções:

Fernando Dacosta | 23:51

Quanto tempo esteve Salazar no poder ? E Magalhães ?