As Autárquicas em Guimarães

Passa uma semana sobre as eleições autárquicas. O PS teve uma vitória histórica, reforçando significativamente em votos. O PSD perdeu 1000 votos, o suficiente para perder um vereador para o PS. O PCP perdeu o dobro dos votos do PSD. O CDS duplicou a votação. O BE não subiu significativamente. O MRPP também perdeu.

Para a Assembleia Municipal o cenário foi mais ou menos o mesmo, sendo apenas de registar a diferença, ainda que não muito grande, de votos no PS. Para as freguesias, no geral, a mesma coisa.

Os vimaranenses foram claros: deram a António Magalhães mais uma vitória, mais quatro anos para dirigir a nossa Autarquia.

Para o meu partido, o PSD, foi um péssimo resultado. Desceu-se em votação, perdemos um vereador e perdemos dois deputados municipais. Nas freguesias conquistámos vitórias importantes, mas também tivemos algumas derrotas pesadas. Há uma discussão sobre o rumo do partido em Guimarães que tem agora de ser feita, antes de mais internamente.

15 reacções:

Augusto Silva | 23:19

Fora de contexto, mas nem tanto quanto isso: não sou militante político mas voto tradicionalmente no PSD e fiquei deveras surpreendido, quando há dias me entrou pela casa dentro, através do telejornal, uma jovem de Guimarães, que foi eleita pelo PSD (logo, também com o meu voto) pelo distrito de Braga.
Eu sou cá residente, acompanho mais ou menos de perto a vida social e politica da cidade e dei comigo a interrogar-me: quem será esta jovem?
Não duvido que seja uma pessoa capaz e que reúna todos os requisitos para o lugar, logo, nada tenho contra ela. A questão é: O PSD de Guimarães não conseguiu motivar um conjunto de pessoas que residem cá e dão a cara pela cidade e pelo partido? Vítor Ferreira, André Coelho Lima, Carlos Vasconcelos, José Carlos Correia, etc? Não os motivaram, ou pura e simplesmente não os convidaram?
Dizem-me agora (porque eu faço parte dos milhares que confiam e não vou esmiuçar quem são os candidatos) que o meu voto foi para uma desconhecida minha e da generalidade dos Vimaranenses?
Muito sinceramente, por este andar eu desisto de confiar o meu voto ao partido e passo a votar no Emplastro se ele se candidatar!

Anónimo | 00:10

Vítor Ferreira? André Coelho Lima? José Carlos Correia? Em relação a este ultimo nome, estamos a brincar com coisas sérias? O que é que ele tem feito pelo PSD? Porque razão saiu do Xico? Poupem-me...e saia mais um fininho, se faz favor.
Ana Brito e Sá

Anónimo | 10:51

Quotas, caro Augusto; e não só as que decorrem da lei da paridade ou quejandas, mas as quotas que cada "família" tem junto das lideranças.

Samuel Silva | 12:38

Estou certo que nenhum dos caros leitores assiste às Assembleia Municipais vimaranenses. Caso assim o fizessem já se teriam deparado com a qualidade das intervenções da Francisca Almeida.

Não conheço a jovem em causa a não ser desse fórum. Tenho dela a imagem de alguém com futuro na política. Fosse um homem e duvido que haveria este tipo de comentários.

Augusto Silva | 14:13

Em relação ao comentário que aqui deixei sobre a nossa deputada na Assembleia da Republica, gostaria de esclarecer o seguinte:
Eu disse que não tenho identificação política militante: “ando na rua” se é que isto é uma identidade.
Gosto, como todos, da nossa cidade e vejo os que voluntariamente lhe acrescentam algo, de uma forma desinteressada.
Votei PSD por simpatia, por filiação sentimental e apenas por isso. Foi nesta condição de cidadão ignorante das “famílias politicas” que levantei a questão da escolha dos candidatos.
Possivelmente pela minha ignorância politica, não citei as pessoas certas. Mas não queria de forma alguma, que este meu comentário resvalasse ou desse origem ao insulto, cara Ana Brito e Sá. Não partilho nem alimento essa filosofia do insulto gratuito a terceiros, que nada escreveram aqui para merecerem tal vileza.
A tolerância e o sorriso são seguramente dois dos bens mais preciosos que cada um de nós possui. Não vi no seu comentário que estes estivessem subjacentes ao mesmo. Eu até valorizo muito aqueles que têm a coragem de apontar os erros dos outros, porque naturalmente, isso significa que ao apontar o dedo a terceiros, o faz porque é intocável, logo, não possui telhados de vidro. Em não posso apontar o dedo a ninguém, porque cometi, ou cometo erros, na gestão da minha vida, ainda que de forma involuntária. Mas saúdo-a e tiro o meu chapéu, por tanta honorabilidade junta numa só pessoa.
Termino reafirmando que não duvido das capacidades da deputada em questão, lamento apenas que o PSD não consiga encontrar pessoas com provas dadas, em prol da nossa cidade, enviando-nos uma imagem de que elegemos alguém que já deu muito de si à cidade, transmitindo assim confiança ao eleitor, que tem nestes pequenos pormenores o primeiro receptor que pode ser bem representado.

Samuel Silva | 14:17

Augusto Silva,

Se formos pelas provas dadas, nunca deixamos mais ninguém dar provas do que vale. Será por isso que a política pouco se renova?

Augusto Silva | 18:31

Samuel Silva,
Visto por esse prisma pouco tenho a acrescentar.
Para mim, ao eleger alguém para cargos públicos, para algo que vai mexer com o meu dia a dia, não é obrigatório, mas deixa-me algum conforto saber que esse/a alguém tem provas dadas.
Deixa-me algum conforto saber que alguém que já trabalhou ou trabalha de forma voluntária para a comunidade, foi eleito para um cargo, como sequência natural desse seu empenho e conhecimento na vida social citadina, ou nacional. Ou seja, não está no cargo pelo simples facto de ter uns olhos lindos (nem sei se é o caso), ou pertencer a “uma família” com cotas (essa para mim, perdoe-me a ignorância, é mesmo nova!) Não tem nada a provar, já provou, entende-me? Porque para mim só passa a feiticeiro/a depois de ser aprendiz. Antes da tarimba no terreno, de certeza que terá imensa dificuldade nos feitiços que queiram fazer.
Significa esta afirmação que quem não tem experiência não pode ser eleito? É oportunista? Nem de longe nem de perto! Aliás, eu tive o cuidado de afirmar que não questiono a competência da pessoa em causa e admito como muito provável que seja competente, mas se me colocarem à frente algo mais “palpável”, garanto-lhe que fico mais receptivo.
Por não possuir filiação no sentido ideológico, eu até podia votar facilmente no PS em Guimarães. Não o faço, não o farei, porque abomino a forma como os “tachos” se distribuem na minha cidade, pelo Multiusos, CCVF, “Cybers” Pólos industriais ou científicos, ou tachisticos ou lá como se chamam. Quem é que tem direito a estes? Amigos, primos, esposas, filhos e Cª Lª.
Esta situação não é para comparar? Possivelmente não, mas que parece, parece!

Samuel Silva | 19:01

Voltamos a discordar.

Cada caso é um caso no que toca à gestão das cooperativas municipais. Mas não as vejo serem mal geridas.

Tanto quanto sei, o administrador da Oficina/CCVF só agora será candidato do PS e não sequer filiado. Além disso, fosse ou não militante do PS, o que é certo é que faz um óptimo trabalho.

Apesar das diferenças de opinião que mantenho com o administrador da Tempo Livre/Multiusos os resultados obtidos e os prémios nacionais recebidos também me parecem jogar a favor da sua gestão, independentemente de ser militante do PS.

Quanto ao Cybercentro, já há bem pouco tempo destaquei aqui os méritos que reconheço à gestão que lá é feita.

Não concordo com a atribuição de lugares desse tipo a alguém pelo simples facto de ser militante de um ou outro partido. Mas a militância também não pode ser motivo para criticarmos quando os resultados são positivos.

Anónimo | 22:59

Ora aí está.
Depois dos comentários do Sr.Augusto Silva e das respostas do Samuel, será caso para dizer que o primeiro perdeu uma boa oportunidade para votar no...António Magalhães ?

Anónimo | 23:40

Devo dizer que achei particularmente piada à precisão dos nomes escolhidos pelo senhor "Augusto Silva", relativamente aos nomes dos candidatos por si escolhidos ao lugar de deputado. Muito habilidoso, mas (muito) pouco inteligente. Para a próxima, não deixe (tantas) pistas. Obrigada.
Francisca

Anónimo | 23:46

«Quem não sente, não é filho de boa gente», lá diz o povo.

Augusto Silva | 16:29

Eu começo por pedir desculpa ao Tiago Laranjeiro porque sem que fosse essa a minha intenção, desvirtuei completamente o conteúdo do post, ao introduzir comentários “colaterais”.
Francisca, pouco habilidoso (pelo menos politicamente) reconheço que sou. Sou virgem nessa vertente, bem como em intervenções em blogs. Já agora a titulo de informação complementar, deixe-me dizer-lhe que é a primeira vez que entro neste blog e já constatei uma coisa: - entraste, já levas com um rotulo em cima! Fantástico. Já verifiquei que estou a “provocar” catedráticos da politica e pelos vistos ainda tenho que comer muitas rasas de sal!
Os nomes que eu citei são os nomes para mim visíveis: o sr. Correia porque é o Presidente da minha Junta e é um incompetente, mas pelos vistos voltou a ganhar; o Sr. Vasconcelos porque é um jovem dinâmico; o Sr André porque já tem alguma visibilidade local e o Sr. Vítor que em missão de sacrifício, tem dado a cara e o corpo onde outros não querem aparecer. Já sei que quando cheirar a possibilidades de vitória os “crânios” vão aparecer todos.
Perdoe-me a ignorância mas não ando metido nos meandros da politica e por isso deixei de fora possivelmente pessoas bem mais colunáveis no partido. Eles que me desculpem.
Ao anónimo que questiona se não seria altura (ou algo do género), de votar no Magalhães, deduzo que seja ironia, porque facilmente se depreende que pelos motivos expostos e sendo ele o rosto de toda esta “traficância” de influencias, votar Magalhães nunca seria opção, votaria mais depressa CDU ( tenho muito respeito pelo cidadão Salgado de Almeida) do que no PS.
Samuel, por falta de habilidade minha, reconheço que se pode depreender do meu comentário uma critica à gestão dos organismos que eu citei, quando nem de longe nem de perto era isso que eu pretendia. Acredito nas competências das pessoas em causa e longe de mim colocar em causa a sua aptidão ou honorabilidade. O que pretendi dizer é que quando esses organismos deram à luz, já existia muita gente a trabalhar na área cultural/desportiva e com provas dadas. Porque raio é que o cartão de militante, ou aproximação “sanguínea” têm prioridade nos lugares? Como é que me querem convencer a mim ou a outros ausentes da militância politica partidária (inocentes pelos vistos), que o cartão de militante é portador de qualidades acima da média? Com poderão convencer-me que o lugar de deputada pode ser legitimado por pertencer a uma família (essa é completamente nova para mim!) dentro do partido?
Sou ingénuo? Possivelmente! Mas eu parto do principio que os partidos políticos estão imbuídos de um espírito patriótico (é forte esta palavra?), procuram os mais competentes e de preferência com provas dadas, para gerir os destinos do país, da nossa câmara, da nossa freguesia! Estou enganado? É pá não me desminta, para eu não perder a inocência!
Samuel, a gestão de algumas empresas da Câmara, tendo por referência os seus objectivos davam um debate não? Qual o propósito de algumas instituições: o lucro ou a promoção da cultura, do desporto, do bem estar social? As metas e os propósitos estão no rumo certo?

Tiago Laranjeiro | 17:35

Não percebi qual foi o problema que o Augusto Silva teve com a eleição de Francisca Almeida.

Francisca Almeida tem provas dadas na cidade e no partido. A sua inclusão nas listas, segundo entendo, é o reconhecimento do partido do seu valor e potencial. De facto, o sr. Augusto Silva não deve passar muito pela Assembleia Municipal, senão certamente já teria reparado em Francisca Almeida pelos melhores motivos. E não, não digo isto por ser uma rapariga particularmente bonita, mas sim pelas suas intervenções e trabalho.

Depois, para sermos claros, não podemos deixar de ter em conta que Francisca Almeida beneficiou também, para ter o lugar que ocupa na lista de Braga (3º), da lei da paridade. Parece-me até que, dado o contexto, a liderança nacional teve particular bom-senso na escolha desta jovem vimaranense.

Cita uma série de nomes que a mim me parecem estranhos... Queria, por exemplo, que Vítor Ferreira fosse indicado para deputado pelo PSD Guimarães? Não me parece sequer que o próprio aceitasse.

Para além disso, havia na lista do PSD mais dois nomes de vimaranenses, Emídio Guerreiro (suponho que saiba quem é) e Pedro Rodrigues (indicado pelo trabalho na direcção da JSD nacional).

augusto silva | 20:50

Mas eu disse que tinha problemas com a eleição da Francisca Almeida? É pá de uma vez por todas ou eu sou burro e com dificuldade de expressão através da escrita, ou então vocês estão agarrados a clichés tão próprios, que não conseguem ouvir ninguém para além do Vosso circulo militante ou social.
Eu não sou político. Eu não frequento a AG da Câmara, nem as reuniões do partido, nem as tertúlias dos grupos próximos, nem os comícios para alem da campanha eleitoral. Sou um cidadão comum igual a tantos outros que se passeia por esta cidade, trabalho voluntariamente numa organização desportiva local (de bairro) e não sei o que são essas coisas de “famílias”, “lei de paridade” ou outro tipo de agrupamentos que possam existir. Entrei neste blog por acaso porque na sexta feira passada em termos de gozo me disseram: … li isto no blog do teu partido…”. Foi assim que cheguei até aqui!
Votei PSD e tentei deixar aqui um testemunho, sendo eu um dos muitos anónimos que votaram no PSD. Não entenderam isso?
Pergunta-me se sei quem é o Emídio Guerreiro? Sim, de nome não me lembro ao certo de grandes feitos dele em prol de Guimarães. Se conheço o Pedro Rodrigues? De nome. Também não me lembro de grandes feitos dele em prol de Guimarães. Existem? Peço desculpa pela minha ignorância.
Já me penitenciei por hipoteticamente ter escolhido as pessoas erradas. Querem mais nomes? O Emídio Macedo; o Vítor Magalhães de Moreira de Conegos, O Presidente da Marcha Gualteriana, do CAR, do Unidos do Cano, do Xico, do sei lá…
Não entenderam que o meu alerta foi só no sentido de “informar”, que do lado de cá, do lado dos anónimos, um dos motivos pela derrota do PSD (sempre que tenhamos menos um deputado que o PS perdemos) pode ter a ver com algum desconforto de não vermos integrados nas listas de deputados, pessoas que nos garantam algum conforto?
Não venham agora para cima de mim dizer que estes nomes que eu citei não são militantes (que me interessa isso!) não quiseram, ou não prestam. Eu dei estes nomes como podia dar outros, será que me fiz entender?
Espero sinceramente (desejo muito!) que o comentário das 23.40 não seja da nossa Deputada. Porque aquele tipo de comentário a um cidadão anónimo que votou no PSD, não pode ser de uma Deputada eleita com a ajuda deste voto. É demasiado inócuo e revelador de falta de sensatez, para partir de uma deputada. Não é pois não?
Já agora peço desculpa de ter vindo perturbar a Vossa tranquilidade, introduzindo um tema que pelos vistos foi uma afronta. Para mim foi apenas uma opinião sem que através desta estivesse implícito melindrar alguém. Desculpem.

Tiago Laranjeiro | 14:41

Sr. Augusto Silva, eu é que não tinha de facto percebido o porquê de pôr em causa o nome de Francisca Almeida. Agora já estarei mais esclarecido.

Parece-me que de alguém que integre uma lista de deputados se exigem determinadas características que muitas das pessoas que enuncia não têm. Não é só o reconhecimento da comunidade que importa, até porque os deputados não estão lá para representar a sua comunidade, mas antes todos os portugueses. Mas isto são contas de outro rosário. Parto do princípio que está aqui de boa-fé e portanto estou certo que Francisca Almeida o irá surpreender.