Ideias Avulsas para a Cultura em Guimarães (1)
Muitos dos espectáculos culturais que se fazem em Guimarães têm um problema: fraca afluência. Os preços, ainda que muitas vezes não sejam elevados face aos que se praticam no sector, são-no para a bolsa dos vimaranenses, em especial dos jovens, um dos grupos de maior interesse para a promoção cultural. Uma boa prática para solucionar este problema poderia ser a venda de bilhetes com elevado desconto nas horas antes de cada espectáculo. Um exemplo: a duas horas de um concerto os bilhetes por vender ficam com 70% de desconto.
Esta ideia permitiria aumentar o número de assistentes nos espectáculos, permitindo também o acesso a pessoas com menores rendimentos.
Claro que esta prática pode ter efeitos perversos. Como muitos espectáculos têm pouca afluência, esses poucos poderiam adiar ao máximo a compra dos bilhetes, sabendo de antemão que não iria esgotar.
Esta medida é praticada já por alguns espaços culturais em Portugal, como por exemplo o Teatro Nacional S. Carlos.
Esta ideia permitiria aumentar o número de assistentes nos espectáculos, permitindo também o acesso a pessoas com menores rendimentos.
Claro que esta prática pode ter efeitos perversos. Como muitos espectáculos têm pouca afluência, esses poucos poderiam adiar ao máximo a compra dos bilhetes, sabendo de antemão que não iria esgotar.
Esta medida é praticada já por alguns espaços culturais em Portugal, como por exemplo o Teatro Nacional S. Carlos.
8 reacções:
Tiago, se tu fosses habitualmente até lá cima a Vila Flor saberias, com toda a certeza, que há desconto para jovens. E há pacotes conforme os espectáculos. Sem falar obviamente com o cartão CVF, claro. Portanto, e em suma, penso que é, no mínimo injusto o teu reparo.
Desculpa, Tiago
um abraço
Diria que 50% dos bilhetes para grande parte dos espectáculos se vendem a duas horas do espectáculo. Se o fizesses aumentaria essa percentagem, por certo. Acho que seria mais o efeito de vendas a preço baixo do que aumento da adesão aos espectáculos.
Caro Casimiro, não compreendo o porquê do seu comentário. Naturalmente que sei que há descontos para estudantes. Aliás, não me lembro de ter ido uma vez a um espectáculo no CCVF sem usufruir desse desconto, desde que ele existisse.
Não é um reparo. É uma ideia, que penso poder-se adequar a vários espectáculos. E ainda mais poderá ser daqui para a frente.
Paulo, penso que tens razão. Para a maioria dos espectáculos isso acontece. Mas, por exemplo, o São Mamede arranjou uma boa forma de contornar esse problema, ao vender bilhetes mais baratos quando comprados com antecedência e mais caros nos dias anteriores ao espectáculo.
O que proponho neste artigo não pode ser aplicado a todos os espectáculos. Apenas o poderá ser naqueles em que seja mais expectável um auditório quase cheio.
Tu dás a ideia e explicas logo por que não iria funcionar. Iríamos deixar a compra dos bilhetes para a última o que iria ser um problema para a gestão do espaço.
Aliás, o que eu defendo é o contrário. Como acontece é prática comum, por exemplo, em Espanha. (E no SM, salvo erro). Os preços devem ser mais baratos para quem compra antes.
Aliás, partes de dois pressupostos errados. Um é de que o CCVF tem preços caros. Não tem.
O segundo é o de que os espectáculos têm fracas afluências. Não me lembro de ir ao CCVF com uma casa vazia. E é que vou lá muitas vezes.
Samuel, fui claro nos artigos: os preços do CCVF não são caros comparando com os praticados noutros espaços semelhantes, mas não se destacam por serem baratos.
Há espectáculos em que seria possível aplicar esta medida. Noutros não seria possível.
Casas vazias penso que não há. Seria muito mau sinal. Mas há vários espectáculos com casa com 1/3.
Faziamos como na Ryanair, bilhetes a um euro três meses antes e muito caros quando estivessem a esgotar. E, já agora, sem lugares marcados e com venda de raspadinhas e perfumes no Grande Auditório.
Agora mais a sério, borlas ou descontos imediatamente antes não, senão prejudica quem arrisca comprar um bilhete com antecedência – o melhor bilhete para o organizador, que lhe dá algumas garantias da "afluência" ao espectáculo.
Se o Grande Auditório fica a 1/3, então mude-se para o Pequeno. Se não compensar, que não se faça. Senão como poderia concorrer, por exemplo, o São Mamede CAE – independente – ao lado de borlas fantásticas e regulares do CCVF?
E a definição desses espectáculos, fica à vontade do freguês?
O CCVF não se destaca por ser barato. Nem tem que se destacar. Tem que ter preços em conta com o que é praticado noutras casas do género.
Mas, como te disse, para quem tiver o cartão CCVF é escandalosamente barato o preço de alguns espectáculos.
Repara: Jardim Zoológico de Cristal, estreia nacional há uma semana em Guimarães. Custava 7,5 euros. Duas semanas volvidas vai custar 8 euros em Braga. Sempre é mais caro.
E eu, tal como outras pessoas que têm o cartão CCVF, pagamos 3,75 euros. É quase dado para o espectáculo em causa. E não é caso único.
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