As Gualterianas
Ouvi há poucos minutos os últimos foguetes da Marcha Milaneza, que encerra as Festas Gualterianas, a que também chamam da Cidade. Devo confessar que nunca fui grande fã destas festas, por me parecerem demasiado iguais a tantas outras por Portugal fora. Felizmente, a edição deste ano surpreendeu-me pela positiva.
Para começar, houve uma feira de artesanato; não era como a de Vila do Conde mas estava bem melhor do que foi antes de decidirem acabar com ela. Depois, houve verdadeira animação pela cidade, com concertos em diversos pontos e por vezes em simultâneo. Terei de salientar o concerto da Banda Musical de Pevidém no Largo do Toural, uma óptima ideia para o local.
Por outro lado, melhorou a vida na cidade por estes dias. Ainda é difícil circular a pé ou de automóvel à noite, mas consegue-se atravessar melhor a cidade desde que acabaram com os vendedores ambulantes pela Alameda de São Dâmaso fora e com a música estridente das Hortas.
Não são as minhas festas e duvido que alguma vez venham a ser, mas tornaram-se para mim, sem dúvida, mais agradáveis.
Para começar, houve uma feira de artesanato; não era como a de Vila do Conde mas estava bem melhor do que foi antes de decidirem acabar com ela. Depois, houve verdadeira animação pela cidade, com concertos em diversos pontos e por vezes em simultâneo. Terei de salientar o concerto da Banda Musical de Pevidém no Largo do Toural, uma óptima ideia para o local.
Por outro lado, melhorou a vida na cidade por estes dias. Ainda é difícil circular a pé ou de automóvel à noite, mas consegue-se atravessar melhor a cidade desde que acabaram com os vendedores ambulantes pela Alameda de São Dâmaso fora e com a música estridente das Hortas.
Não são as minhas festas e duvido que alguma vez venham a ser, mas tornaram-se para mim, sem dúvida, mais agradáveis.
6 reacções:
Mania de intelectuais que não se gosta de misturar com o povo...
Eu já respondo a isto como deve ser, mas o concerto da banda de Pevidém no Toural parece-me que é hábito.
Quanto às Gualterianas, apenas vi a Marcha. O último carro era tão bom, que até me esqueci de todos os outros.
Caro à espera caro Samuel da sua resposta aí do alto da sua "elitisse"
A avaliar pelos comentários dos anónimos, se eu fosse da "elite" não gostava das Gualterianas. Ora, como eu as entendo como parte inalienável do que é ser vimaranense, em que é que ficamos?
Que o Tiago nao é vimaranense...?
Não são festas iguais a tantas outras, Tiago. Ao contrário, por exemplo, da maioria dos "santos populares", as Gualterianas têm uma identidade bem marcada e que, a meu ver, é particularmente reforçada pela Marcha Gualteriana.
Mesmo sem o fulgor de outros tempos (vi há uma semana imagens da Marcha nos anos 50 e 60 e era absolutamente marcante), penso que é um momento incontornável do ano em Guimarães.
Ao contrário, por exemplo, das marchas populares lisboetas que todos os anos nos entram casa a dentro, a Marcha vimaranense não é uma disputa entre bairros, antes uma celebração do espírito solidário e genuinamente gregário que faz as gentes de Guimarães.
E estas festas, até pelo seu cariz popular, são as únicas celebrações em Guimarães que são, mais do que uma festa da cidade, são de todo o concelho.
Quanto aos vendedores ambulantes, estamos de acordo. Além disso, os excessos deste tipo de comércio é que uniformizam as festas de Verão por esse país fora. As Gualterianas, como parte da identidade vimaranense, devem apurar as suas especificidades.
Enviar um comentário