Do lixo
As duas ou três horas que medeiam a normal hora de depósito dos sacos e a recolha pelo pessoal do município promovem uma visão lamentável da cidade e nada consentâneo com a ideia de modernidade que a autarquia tem reivindicado.
Seja no Largo República do Brasil, na Avenida D. João IV, na Avenida D. Afonso Henriques, um pouco por todas as artérias centrais da cidade, o lugar de deixar o lixo é no meio do passeio.
Uma cidade que foi tão expedita em guetizar os vendedores ambulantes das festas da cidade com a desculpa do “mau aspecto”, não será capaz de investir uns milhares de euros para resolver este vergonhoso “ponto negro” da nossa fruição urbana?
4 reacções:
Samuel:
Já estava para fazer o mesmo género de reparo no meu espaço há algum tempo.
Uma cidade que é Património Mundial, vai ser Capital Europeia da Cultura em 2012, não pode dar esta triste imagem aos que nos visitam!
Justiça seja feita que a cidade já esteve bem mais suja do que hoje em dia, mas este é um trabalho que não deve parar.
Levantas aqui uma questão muitíssimo pertinente. E a feliz comparação que apresentas faz todo o sentido.
Sei que não deve ser uma questão de fácil resolução: parecendo que não, instalar ecopontos e mesmo depósitos de lixo ocupa bastante espaço.
Lembro-me de, há uns tempos atrás, se ter gerado uma discussão entre os vereadores da Câmara precisamente por causa dos ecopontos, mas do centro histórico. Aí, o problema é ainda mais gritante, pois trata-se de uma zona reconhecida como património da humanidade, e o lixo permanece nas ruas.
O lixo nas ruas torna este pitoresco Portugal mais autêntico...
Esta semana, não sei se do calor ou se de algum contratempos, a cidade mais parecia Milão, com um cheiro nauseabundo colado às ruas e praças...
Quanto aos vendedores das Gualterianas: em boa hora a câmara tomou essa medida.
Enviar um comentário