Apostar nos comboios

O governo anunciou um plano ambicioso para os transportes ferroviários. A aposta é inteligente e só chega fora de horas (foi preciso o colapso dos combustíveis fósseis para acordarem para o óbvio). Mas é, mesmo assim, um esforço positivo do governo, que junta ao imperioso investimento no TGV (especialmente o das ligações nacionais) a uma aposta numa rede de “estradas e IC’s complementares às auto-estradas dos comboios”, como ilustrou ontem, em Braga, a secretária de Estado dos transportes.

Além da modernização fundamental em alguns traçados (destaco a variante da Trofa e a linha da Beira), haverá linhas novas a serem construídas em Portugal. Lisboa-Malveira e Caldas-Santarém são projectos para serem concretizados nos próximos anos, o que não acontecia há décadas em Portugal.

Mas será este anúncio suficiente para reclamar pelo ressurgimento do “primado do caminho-de-ferro em Portugal”? É que, por exemplo, a necessária requalificação de alguns troços que envergonham a Linha do Norte, está fora do documento.

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