Oportunidade para discutir a política municipal de juventude
Na última assembleia municipal o líder da JSD local questionou a câmara acerta da ausência de celebração do Dia mundial da juventude, que se assinala a 12 de Agosto.
António Magalhães respondeu que a câmara não se revê em dias mundiais. A mesma câmara que celebra o dia mundial do animal, o dia mundial da música, o dia do idoso, o dia da criança e o dia mundial do turismo…
Contradições à parte, o desafio do líder da juventude “laranja” pode ser, acima de tudo, uma óptima oportunidade par discutir a política de juventude no município.
A autarquia trabalha bem junto das faixas etárias mais baixas, com iniciativas de mérito para as crianças e os adolescentes. Mas esquece os jovens. A verdade é que, por muito que o município o negue, não há uma única iniciativa vocacionada para a faixa etária que vai dos 18 aos 25 anos.
Há ainda que destacar que os equipamentos que estão directa ou indirectamente sob a alçada da autarquia não fazem uma programação vocacionada para esta faixa etária. A programação do CCVF é tudo menos “pop” – não é crítica, é facto. A cultura urbana não tem expressão na cidade, salvo raras excepções – que não têm mão da câmara. O Multiusos acolhe programação infantil, mas, excepção feita à Recepção ao Caloiro, não passa por lá uma única iniciativa para a juventude.
O Cybercentro é provavelmente o único equipamento cujo target é claramente a população jovem – ainda que não o seja exclusivamente. Isto porque a Pousada de Juventude não se destina aos jovens vimaranenses. E é para esses que uma politica de juventude a sério deve ser dirigida.
Além da ausência de um programa cultural que se preocupe com a juventude, faltam em Guimarães iniciativas que tragam benefícios aos jovens e que os motivem a manterem residência no concelho. Aliás, sou um particular defensor de iniciativas para atrair os jovens a habitar o centro da cidade, o que pode vir a ser outra interessante discussão a lançar aqui no blog.
O Paulo Lopes dá aqui um interessante contributo à discussão que os jovens vimaranenses querem fazer.
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