“Bairrista parolo” me confesso

A anunciada reformulação do panorama administrativo do turismo nacional é um erro, como já afirmei. Mas é um erro com o qual vamos ter que viver. E é deles que nascem, muitas vezes, grandes oportunidades. E esta é uma daquelas que Guimarães não pode deixar escapar.

Também eu quero ser “bairrista parolo” e reclamar para a maior potência turística do Minho a sede da nova região de turismo alargada. Em Braga a sede não fica, porque não a querem lá. Viana do Castelo já está a preparar terreno para a receber. Aliás, a acreditar nas últimas notícias, começa já a ganhar posição nesta corrida. Mas Rui Rio, promete não entregar de mão beijada uma estrutura a que acredita ser direito do Porto.

E é aqui que Guimarães deve marca a sua posição. A cidade é, entre as do Minho, a mais importante em termos turísticos, a única com uma distinção internacional que lhe confira estatuto – e por isso pode ombrear com o Porto – e foi, durante vários anos, com bons resultados ao nível da sua afirmação como marca, sede de uma Zona de Turismo própria.

Esta era mais uma boa oportunidade para afirmar uma cidade que faz do turismo um dos seus sectores estratégicos de desenvolvimento. Tem um centro histórico Património Mundial e a sua manifestação cultural mais simbólica candidata a nova distinção pela UNESCO. E era também uma boa altura para recuperar mais um imóvel marcante da cidade – e a casa brasonada das Hortas, onde era suposto ter sido instalado um hotel em 2004, encaixava que nem uma luva.

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