Mesada

Agosto correu rápido. E sem grandes motivos de interesse em Guimarães. Mesmo assim, vale a pena fazer um resumo do que por cá aconteceu

(+)18 anos de “Cinema em Noites de Verão” – O Cineclube de Guimarães já nos habituou a ser uma das poucas associações que passa ao lado da letargia cultural vimaranense. Desde as sessões regulares aos ciclos temáticos, passando pelo incontornável momento que são as sessões de cinema ao ar livre realizados durante o verão no Largo da Oliveira.
Uma iniciava plena de vigor e a caminho dos 20 anos. Os vimaranenses aderiram e o cartaz foi de boa qualidade – capaz de integrar clássicos, sucessos norte-americanos e bom cinema europeu.
E há vontade de crescer, como se depreende das palavras do presidente da associação Carlos Mesquita ao Povo de Guimarães, que espera poder, dentro de dois anos, fazer as sessões em ecrã scope.

(=)Jornais vimaranenses – Toda a gente merece férias, mas o mundo não pára em Agosto. A irritante mania dos jornais vimaranenses em fazer férias durante este mês é mais um sintoma da falta de profissionalismo e visão empresarial que marca o jornalismo regional – e o vimaranense com curiosa intensidade.
As receitas baixam, porque não há publicidade, e é preciso pagar os salários aos jornalistas e demais funcionários – bem como o subsídio de férias. O resultado só pode ser um claro desequilíbrio financeiro. Além de que as vendas em banca, com a presença dos emigrantes, podiam ser uma boa fonte de receita no Verão. Houvesse visão e coragem.
Depois estranham a crise…

(-)E mandá-los embora? – O Hospital de Guimarães andou nas bocas do mundo.
Primeiro foi a criança que entrou nas Urgências com “queimaduras de cigarros”, que afinal não passavam de uma infecção por uma bactéria. Depois os carros de luxo que a administração comprou, e que levaram Correia de Campos a perder aquela postura seráfica que o caracteriza.
O caso da menina atendida pelo serviço de urgência é de uma irresponsabilidade a toda a prova. Em primeiro lugar, do clínico – ou clínicos – que fizeram um mau diagnostico. Depois, da Administração dos Hospital – e do seu departamento de Comunicação, se o houver – que deixou sair a notícia para o tablóide da região e, mais tarde, se escusou a pedir desculpa à família ou a assumir o erro. Pelo meio, a menina foi entregue a uma tia pela Comissão de Protecção de Menores, que culpou sem provas a mãe da criança – também um claro caso de incompetência.
Como se não bastasse, a Administração do Hospital Senhora da Oliveira comprou três viaturas de luxo, o que levou o Ministro a emitir um despacho em que proibia os conselhos de administração dos hospitais de realizarem qualquer compra “não directamente relacionados com o objecto do estabelecimento de saúde”.
Dois claros sinais de incompetência que, se houvesse seriedade, davam direito a reprimenda. Ou então a guia de marcha…

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