Romper com o estigma

A revista Visão na edição desta semana, publica uma reportagem acerca de algumas das marcas portuguesas que triunfam no mercado internacional. Finalmente, alguém teve coragem para lançar uma lufada de ar fresco sobre o discurso oficial da menoridade nacional, do lamento deplorável de políticos e media sobre os fracassos do país, e abanar – assim o espero – algumas consciências para que se volte a acreditar em Portugal.
Com a devida vénia, cito um parágrafo da reportagem de Cesaltina Pinto e Paula Cardoso que, acredito, ilustra de forma excelente a mensagem que temos de ser capazes de fazer passar: “São empresas portuguesas que perceberam que uma marca é essencial para as transacções no mercado global, que inovar e criar coisas diferentes é meio caminho andado para conquistar nichos de clientes (…). Acabe-se então com o choradinho nacional e contrarie-se a ideia de que somos a “China da Europa” e só sabemos vender mão-de-obra barata.”
De facto, um país que tem marcas como a Throtleman, a Silampos ou a Vista Alegre não pode ser um país menor, nem ter vergonha de assumir como suas marcas de excelência a nível mundial, que ombreiam sem medos com nomes grandes da indústria global.
E entre as 11 empresas escolhidas pela Visão como exemplos de sucesso encontram-se duas empresas vimaranenses: Cutipol e Kyaia – através da marca de calçado desportivo Fly London. Além de um motivo de orgulho para Guimarães, este deve ser encarado como um incentivo a uma nova forma de pensar – e de estar – dos empresários da região. Para seu bem pessoal: deixam assim de ser olhados como patrões empenhados em engordar contas bancárias e compara bólides em leasings nos nomes das empresas e passam a ser “bussiness men” respeitados e dinâmicos; e para bem da região – e de Portugal –, com benefícios óbvios em termos económicos e sociais: cria-se emprego, gera-se riqueza, valorizam-se as pessoas.

1 reacções:

Anónimo | 23:04

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