José Bastos

Lancei uma petição pública há dois dias com o título "Queremos José Bastos no CCVF e na CEC". O título e o texto da petição falam por si. Peço-vos que a leiam e se estiverem de acordo assinem.

No meio de todas as polémicas, boatos e silêncios que têm preenchido a agenda da CEC, é incompreensível que o episódio dos cargos de José Bastos, na Oficina e na Fundação Cidade de Guimarães, tenha sido o que gerou a reacção mais enérgica e pró-activa de António Magalhães, forçando José Bastos a escolher entre o lugar onde, nos últimos 5 anos, tem mostrado a sua reconhecida competência e o cargo de programador da Capital Europeia da Cultura.

Com a entrada de José Bastos no núcleo de programadores, fortaleceu-se o elo de ligação entre a Fundação e a cidade, entre o programa cultural de 2012 e tudo que a cidade tem sabido fazer até à data. Ainda mais importante, é o programador que certamente mais ênfase poderá colocar no pós-2012, na necessidade de que a festa não seja um fim em si mesma.

Tornar o cargo de programador da CEC (função que no essencial já executa enquanto director artístico do CCVF) incompatível com o de administrador d'A Oficina, parece a manifestação de uma vontade política clara: a de separar as águas entre a Fundação Cidade de Guimarães e o poder local. E isto não deixa de ter em si uma certa ironia, quando, ao mesmo tempo, a cidade continua a pedir à Fundação que saia do Palácio e se ligue mais aos vimaranenses.

7 reacções:

Anónimo | 16:30

É muito triste e sintomático deste país, quando independentemente das competências da pessoa em questão, se lança uma petição para que alguém acumule funções!!!!!!!!
Afinal o desnorte não é apenas dos governantes ,mas também dos governados!
Num país onde o desemprego é atualmente um dos maiores flagelos, pede-se aos quatro ventos que alguém tenha dois empregos e logo dois salários. Mas está tudo doido?
Não seria mais consentâneo com o país lançar uma petição para que os programadores que lá estão larguem os segundos e terceiros empregos que acumulam?

Rui Silva | 17:14

Nada na petição se refere a dois empregos e dois salários. Sobre isso, existe certamente legislação adequada e que, a ser cumprida, torna-a uma situação tão legal quanto qualquer outra.

Não tenho nenhum problema com a acumulação de funções se esta se traduzir em mais valia. Da mesma forma que não vejo qualquer problema nos segundos e terceiros empregos dos outros programadores, se tal não interferir com um bom trabalho na CEC.

Na minha opinião, o problema do desnorte a que se refere, passa bem mais por essa espécie de "moralização igualitária da causa pública", em que não interessam os resultados ou a qualidade do trabalho mas sim que, estatisticamente, cada cabeça tenha o seu emprego. Isso, repito, na minha opinião, pode ter consequências piores do que a acumulação de funções durante um evento único e excepcional da vida de uma cidade.

Anónimo | 22:00

As pessoas de Gmr e com trabalho feito como o caso do Bastos têm toda a legitimidade para estar nos cargos que ocupa. Até porque este é um elo de ligação importante para a CEC e para Guimarães...
Pior é a sra. que comanda a FCG que não é de cá e está a fazer um trabalhinho de caca...

Anónimo | 23:10

mau maria. os outros acumulam e está mal porque são de fora e não são da nossa equipa. um dos nossos quer acumular e toca de fazer petição para que possa acumular! Eta país tão pequeno que não tem gente com qualidades para se dedicar a tempo inteiro aos cargos! Fonix!

xx | 04:08

Porra! O acumular de funções é legal, quando logicamente está de acordo com a lei. E o que se pretende neste caso é que a pessoa continue a fazer o que tem vindo a fazer (sempre respeitando a lei do trabalho).

Anónimo | 21:34

Será, apresentei vários projectos a José Bastos via e-mail e nunca obtive resposta. Isso parece-me sinal de incompetência.

Anónimo | 18:45

'Incompetência' do José Bastos ou dos projectos apresentados :S ?