Quando o diálogo é a melhor solução

Os prazos de execução das principais obras para a Guimarães 2012 estão “no fio da navalha” (a expressão é do vice-presidente da Câmara). Mas a forma como a autarquia tem gerido o impacto da principal intervenção (no largo do Toural) junto dos comerciantes tem sido um bom exemplo de como se devem tratar dossiers como este.

Desde logo, o calendário de obra prevê que a intervenção se vá concentrar até Julho do próximo na parte de baixo da Alameda e Toural, áreas onde o comércio tem menos expressão. Desde modo, o Natal deste ano fica “a salvo” das obras para a esmagadora maioria das lojas destas artérias e também da rua de Santo António. Por muito que os condicionamentos de trânsito e de estacionamento possam vir a ter algum impacto nos resultados destas pequenas empresas, não será tão grave como chegou a ser temido pela maioria dos seus responsáveis.

A decisão de retirar no centro da cidade o estaleiro de obra (ficará instalado junto ao Parque das Hortas) garante também a manutenção de alguma normalidade na vida urbana nos próximos 14 meses. Bem sabemos que era impossível fazer uma obra desta magnitude, que mexe directamente com o coração da cidade, sem criar transtornos, mas as soluções encontradas parecem capazes de minorar alguns dos impactos mais graves.

Estas decisões não são alheias à postura de diálogo e cordialidade com que ACIG e Câmara colaboraram ao longo do processo. As duas instituições realizaram três reuniões públicas sobre o tema e discutiram abertamente as soluções e propostas. Um tipo de diálogo e abertura raro e que merece destaque. A garantia, dada ontem pela autarquia, de que haverá uma via de comunicação directa entre comerciantes e os técnicos municipais que acompanham a obra é mais um ingrediente desta boa prática. O diálogo é, no mais das vezes, o melhor caminho. Se esta máxima fosse levada a sério noutros dossiers municipais, havia menos espaço a problemas.

9 reacções:

Loureiro | 22:35

O estaleiro fixado nas Hortas, faz com que, desde logo, o prazo da obra não seja cumprido.
É que a "viagem" Toural-Hortas e vice-versa, vai seguramente fazer com que isso aconteça, ou não ?
Vão ser centenas, talvez milhares, as "viagens"...

Anónimo | 23:23

E os salários da Fundação Cidade de Guimarães?!?!?!?!?!

Anónimo | 23:05

Quero lá saber dos salários dos outros e das outras.
Quero é que a obra avance, e que "eles" justifiquem os salários.
Se fosse um de nós ou de vós, também era bem bom !

Anónimo | 03:27

Pois. Mas será que merecem? Até ao momento nada de jeito se viu.

Anónimo | 15:00

E alguém sabe qual é o currículo daquela gente, no campo da Cultura (com excepção de João Serra e de, por razões óbvias, Francisca Abreu)?

Alguém sabe quem seja um tal Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro, vogal não executivo, que recebe 28.000 €/ano para participar em 12 reuniões (4,6 salários mínimos por reunião)? Que é que ele tem a acrescentar, em termos de dimensão cultural, à CEC? E quem é a silenciosa Carla Morais? Serve para quê, com os 175.000€ que recebe por ano, mais automóvel e telemóvel? E a tal Cristina Azevedo, com os seus 200.200€ e demais mordomias, qual é o currículo dela na área da cultura? Qual é a obra que a recomende? Por quantos concursos passou até chegar onde chegou?

Pergunta das perguntas: quem e porquê escolheu tal gente?

Rui Silva | 14:36

O diálogo é quase sempre a melhor solução, Samuel. Desde que haja bom-senso e vontade de ambas as partes, só pode resultar.

casimirosilva | 19:52

É óbvio, Rui, que para haver diálogo, tem que haver duas partes. Estamos totalmente de acordo, o diálogo só é possível quando todos querem. E, neste particular, há muita gente do mesmo lado que não quer.

O Amaro, no seu texto do NG, é que diz tudo. Leitura extraordinária e oportuna.

Para que o diálogo exista os que estão lá em cima (no cavalinho) tem que vir ter com aqueles que serão os motores da festa.

Mas, tal como aconteceu quando chegou o comboio, o palácio de Vila Flor tem que ser aberto. Ao povo que vai usufruir da festa. E da novidade.

Rui Silva | 22:32

Casimiro, o comentário que fiz referia-se mesmo e apenas ao texto do Samuel, que fala no entendimento no calendário e organização das obras do Toural, definido entre técnicos da Câmara e a ACIG em representação do comércio tradicional.

Quanto à questão da FCG, revejo-me completamente no texto do Amaro.

casimirosilva | 22:37

Rui,

claro que estamos de acordo também por aí.Talvez (pelo menos até agora) seja mesmo a falta de bom-senso que esteja a afastar os vimaranenses daquilo que (certamente) será a CEC 2012.