Dúvida genuína
Com a excepção dos deputados da Assembleia Municipal, mais alguém vai ao site Guimarães 2012?Se a resposta for não, não se preocupem. Não têm perdido nada. Nos destaques continuam o cartaz do GuimarãesJazz de 2009, e a referência a um Fórum de Outubro do ano passado mas que qualquer um de nós, apanhado desprevenido, ainda pensa que foi realizado há dias visto não ter ano. Para além disso, apenas umas muito breves referências ao trabalho da Área da Comunidade.
Relacionando isto com uma boa notícia publicada pelo Paulo há uns dias atrás sobre o aumento de visibilidade da Capital Europeia da Cultura, principalmente junto da população jovem urbana, pergunto-me qual terá sido das primeiras coisas que estes jovens consultaram, provavelmente para ficarem com uma ideia do que se está a preparar ou do que poderá acontecer em 2012.
18 reacções:
Alguém vai: Pelo menos a julgar por um comentário (http://casimirosilva.blogspot.com/2010/10/vaidade-nao-paga-imposto-ainda.html) que me fizeram. Mas fá-lo de forma anónima.
Deputados da Assembleia Municipal? Quantos? Os líderes dos grupos? Talvez. Pelo que tenho visto nas sessões da Assembleia Municipal, não me parece haver por ali muitos interessados nestas coisas da cultura. Ou poderei estar a cometer um erro de perspectiva, já que a esmagadora maioria deles só os vejo de costas. Raramente sobem ao púlpito...
No que à bancada do Partido Socialista diz respeito, o caro A. Magalhães permitirme-á que o desminta. Metade dos deputados eleitos daquela bancada já subiram ao púlpito.
Metade é um claro exagero, Paulo. São cento e muitos. Claramente não vimos 50 caras socialistas neste mandato. Longe disso.
Se leres o meu comentário perceberás que me referi a deputados eleitos. O conjunto da bancada engloba também, por inerência, presidentes da junta eleitos pelo PS. E nestas contas, acredita que já foram metade.
São 37 eleitos. Metade 18,5. Fico com menos certezas, de facto. Os presidentes de junta nem lá deviam pôr os pés e ainda menos receber senha de presença.
Os deputados que já tiveram intervenção andarão na casa dos 30, pelas minhas contas.
Mas sem fugir ao tema deste post, as notícias publicadas são sinal de trabalho que está no terreno. E nesta fase penso que são da área que devia estar a trabalhar mais. E está.
Que expectativas havia por estes dias para o site da CEC? Se a ideia for encontrar notícias relativas à actividade cultural da cidade o site da Oficina será uma boa ideia.
O site da Oficina mostra o que se faz em Guimarães. Já se fazia há um ano e em 2005. Preparar uma CEC não é manter os serviços mínimos, pois não? Ainda por cima quando se é principescamente pago.
Fico curioso de ver o que vai ser lançado, reforçado ou apoiado em termos de produção cultural. Algumas ideias e eventos dos últimos anos podem, antes de 2012, ainda dar um salto, abrindo perspectivas novas sobre o ano da CEC. Espero para ver.
"Que expectativas havia por estes dias para o site da CEC?"
Paulo, nada de muito extraordinário, acredita. Um esboço da programação, em vez de estar num pdf no meio das notícias; a composição dos programadores com uma foto e pequena biografia para se saber quem são; o plano de actividades para este ano, a actualização dos destaques que o GuimarãesJazz 2010 está aí à porta.
Depois há outro aspecto. Há neste momento uma equipa de comunicação a receber um vencimento para fazer o seu trabalho, que, presumo, também passe por manter o site actualizado. E neste momento, parece uma coisa absolutamente amadora... por exemplo, se seguires o mapa do site, e clicares no link "informação para a imprensa", que me parece algo útil e interessante, vê o que te aparece: http://guimaraes2012.pt/infoimprensa.php
Uma equipa de comunicação sem comunicadores. Claro que não funciona. Ninguém põe sapateiros a fazer pão, pois não?
Alguma dessa informação parece-me, de facto, demasiado simples de concretizar para não estar disponível.
"Ainda por cima quando se é principescamente pago". Ora aí está algo que eu gostava de saber. Quanto será que ganha aquela gente? Nunca vi isto perguntado nem, muito menos respondido. Coisas da transparência...
Bela discussão. E só por causa da fraqueza de um sítio que deveria ter informação e não tem. Portanto, e desde logo, o mal está em que devia alimentar um espaço que devia informar e não informa. Ponto final.
Na Assembleia Municipal o mal não está no que ganham (afinal os eleitos locais não ganham assim tanto, pagará as dores de cabeça das sessões longas e chatas por que têm que passar?) mas na forma como não estão presentes. Ou porque, sendo presidentes de junta, não querem fazer ondas, ou porque são realmente fracos e não deviam estar naquele espaço nobre de discussão dos assuntos locais.
Aí, pela dimensão dos grupos, quer o PS quer o PSD têm muito trabalho de casa para fazer. Na verdade, há pouca gente a poder falar, isto é, fora do grupo das respetivas direções quase não há intervenções. E esse é um defeito de forma, não de conteúdo.
O essencial da discussão sobre a "dúvida genuína" tinha a ver com a não procura de informação. Por comodismo ou ignorância, mas também por falta dela, no caso em apreço. Nisso penso que os deputados municipais estão muito pouco preocupados. Sinceramente. Todos. Até os líderes.
O que lhes importa é 'olhar' para a agenda da sessão. O resto, pensam, é para os especialistas.
E naquele fórum todos o deviam ser.
"Bela discussão. E só por causa da fraqueza de um sítio que deveria ter informação e não tem." Bela discussão, de facto, Casimiro. Mas não me parece que seja "só por causa da fraqueza" do site, porque o site é, neste caso, o espelho de como os responsáveis têm trabalhado.
Quanto à procura de informação, permita-me recordar o Casimiro - e, de caminho, os restantes - de que, quando o grupo parlamentar na AM do PSD procurou obter informação directamente da Fundação Cidade de Guimarães, o Presidente da Câmara afirmou que não tinham (tínhamos) o direito de "coscuvilhar". Ora, se procurar esclarecimentos dos responsáveis é coscuvilhar, a informação a que temos direito - e isto tem sido repetido pelo PS em todas as Assembleias Municipais - é aquela que está disponível e é suposto que essa satisfaça todas as curiosidades.
Parece-me também injusta a opinião que se tem da falta de intervenções dos mais diversos deputados na AM. Tenho visto um esforço transversal a todos os partidos de levar diferentes protagonistas ao púlpito. E para tirar dúvidas basta consultar as actas (o que tem de ser feito na Câmara, solicitando-o aos serviços, uma vez que não estão livremente acessíveis na internet).
Tiago,
começando pelo princípio, direi que só assisti à última AM. Sem que tal seja uma fuga à ideia da 'coscuvilhice'. Desde logo, porque entendo - continuo a vincar essa ideia -, de que os eleitos locais têm que estar informados. E como tal devem ter acesso a um conjunto de informações.
Sobre as diferentes intervenções, Tiago, mantenho o que disse, raramente há intervenções de eleitos que não integrem as direções dos seus grupos políticos.
Tal afirmação não põe em causa o esforço feito para mudar caras. Às vezes isso vai acontecendo. Mas os assuntos de agenda (ou ando distraído) nunca saem do grupo que dirige os diferentes grupos de eleitos. E não vale a pena invocar atas, que como é do domínio público, são registos das sessões ou dos temas abordados. Mas isso foi aprovado por todos os partidos.
A propósito de pagamentos principescos:
http://dactilografo.livejournal.com/
O camarada Agostinho está atento, como sempre. Ora ouçam lá. E nós continuamos a dormir,enquanto eles nos saltam para a espinha.
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