Uma boa questão

O jornal Público avança hoje a notícia de que um estudo encomendado pela Câmara Municipal de Lisboa "propoõe a extinção de 24 freguesias" no concelho. Trata-se de um concelho de 53 freguesias, e o estudo propõe que se reduzam para 29 o total. Sabendo que em termos de população Lisboa tem um número bastante superior ao de Guimarães, e que o mesmo se passa em termos de área concelhia, fará sentido repensar as 69 freguesias do nosso concelho também?

7 reacções:

Samuel Silva | 10:44

Bem visto. Há muito que o defendo, mas os últimos anos não só não nos trouxeram bom senso, como o seu contrário. Veja-se o caso de Corvite, uma micro-freguesia que tem menos de um dúzia de anos.
As três freguesias da cidade já não fazem sentido. Como não faz sentido que Urgezes, por exemplo, seja um freguesia tão dual como é.
Defendo, como já aqui disse em tempos, novos limites da cidade, possivelmente a ter em conta a linha de caminho de ferro, criando duas freguesias no centro, que abranjam as três existentes e as partes urbanas da Costa, Mesão Frio e Urgezes.
Nas periferias há outros casos em que fazia sentido pensar-se em fusões, não fosse o caso deste país ainda viver de paróquias e capelinhas.

Paulo Lopes Silva | 10:46

Penso que o que dizes faz sentido. Juntar-lhe-ia a mesma dualidade da freguesia de Creixomil, à semelhança de Urgezes, e a urbanidade da freguesia de Azurém, para constituir a Freguesia de Guimarães.

A questão das paróquias também é pertinente. Quanto mais quando algumas freguesias, paróquias à parte, acabam mesmo por ter dinâmicas conjuntas como é o caso de Caldelas e zona envolvente.

Vale a pensar pensar nisto.

Rui Silva | 23:45

"...não fosse o caso deste país ainda viver de paróquias e capelinhas."

Enquanto for este o método mais utilizado para a política local e nacional, não estou a ver estes estudos a saírem da gaveta.

Dario Silva | 01:50

E as 89 pardacentas freguesias de Barcelos, esse concelho que-o-pariu que não tem vilas?

Não que Galegos ou Manhente ou Tamel ou Arcozelo desmeraçam... mas um galo quer-se de cabeça grande...!

Dario Silva | 01:51

Corvite?

Cláudio Rodrigues | 13:56

Pensando "a quente", não concordo como limite da freguesia a linha férrea já que, desde a criação das passagens desniveladas, acabaram-se os insuportáveis quase 10 minutos de espera que ligavam o centro de Urgeses e a zona de Covas ao centro da cidade.

Em aproximadamente 6 anos de passagem desnivelada é notório o "crescimento" da freguesia "intra-ferros", portanto arrisca-se a, fazendo-se uma mudança dessa forma, o efeito ter um prazo de validade muito curto.

Tiago Laranjeiro | 15:37

Os limites geográficos das paróquias não são necessariamente os mesmos que os das freguesias. Veja-se os exemplos das paróquias de São Dâmaso e de Nossa Senhora da Conceição.

As sociedades são dinâmicas e, de facto, os limites traçados há muitos anos atrás para as freguesias e concelhos estão desactualizados. Há um problema hoje com grandes freguesias à escala da cidade, como é o caso de Urgeses, cuja área vai do centro da cidade a zonas rurais do concelho, passando por toda uma área suburbana.

E, como bem lembra o Samuel, continua-se a persistir no mesmo erro e a fragmentar ainda mais o território nacional com a criação de mais freguesias (Corvite, no nosso concelho, é o exemplo mais próximo) e concelhos.