Perguntas
Ao fim de mais um ano sobre o anúncio, por parte de José Sócrates, de que Guimarães seria a candidata portuguesa à Capital Europeia da Cultura 2012, cresce o descontentamento com o caminho que o projecto está a seguir. De todas as obras planeadas, obras de grande envergadura, ainda nenhuma começou. Continua-se a prometer investimento sem se perceber como todas as instituições e infra-estruturas a criar poderão ser sustentáveis para além de 31 de Dezembro de 2012.
Da propagandeada aposta nas indústrias criativas, que nos foi prometido vir mudar por completo a face da economia vimaranense, ainda nada de concreto existe. Apenas, mais uma vez, projectos e promessas. É mais do que altura de, como bem alerta André Coelho Lima, deixarmos de rezar pela chegada destes investimentos privados e começar a perceber o modo como a Câmara pretende atraí-lo. Se é que pretende ir além das palavras...
4 reacções:
O problema é que as respostas que tardam não as devemos esperar da Câmara, mas da Fundação Cidade de Guimarães, a quem a CMG sub-empreitou a CEC. E, por ali, o que se pratica é o secretismo típico das sociedades secretas (como o Opus Dei). Nada se fala. E, quando se fala, sai asneira, como a triste campanha do Verão algarvio.
Caramba! É só dizer mal, mal, mal, e às vezes sem nenhuma consistência´. Tudo se passa à volta do umbigo.
O C. da Ana é de carvalho sem o r?
Dispensando a boca foleira, não dá é para perceber este sentimento tão português de lidar mal com as críticas, talvez porque nada se possa dizer que as contrarie, porque... nada se pode dizer.
Nisso estou completamente de acordo com o post e a Ana: o segredo existe mas não me parece que seja a alma de um negócio que, supostamente, baseia-se na atracção de artistas/empresas para as indústrias criativas.
Uma coisa é o que se vai fazer em 2012 e tem a ver com a festa; outra é o que já se deve estar a fazer hoje e tem a ver com a aposta pública nesta área.
Não deveriam haver já coisas a acontecer? Estaleiros provisórios, concursos de qualquer espécie, feiras/encontros de artistas?
Não deveria a Câmara ter regras de atracção desse tipo de empresas cá, com isenções, cedência de instalações ou benefícios?
Devia. Devia. Devia.
E a Câmara e as entidades responsáveis DEVEM aos vimaranenses as respostas sobre o que está a ser feito. Temos direito de saber o que está a ser feito naquela que é, reconhecidamente, uma oportunidade única para Guimarães, daquelas que acontece uma vez numa vida humana.
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