O desastre do S. João em Braga

Fotografia de Renata Oliveira, via Avenida Central.

Este ano passei a noite de S. João em Braga, entre a Avenida da Liberdade e a Avenida Central. Jantei sardinhas nas tasquinhas nas proximidades do Parque de Exposições de Braga. Andei a levar turras de martelos de plástico e com alhos-porros na cara. Andei no meio da multidão, para cima e para baixo. Só não comi farturas porque estava enjoado, da comida e da festa.

A mim, essa festa pareceu-me uma imbecilidade, perdoem-me os bracarenses o desplante. São os putos com umas gaitas estridentes a bufarem-nas constantemente aos ouvidos de quem passa (apontando-as, mesmo!). São miúdos e graúdos às marteladas, umas dadas na nuca, outras onde calha e de lado, com a parte dura do plástico. É a exorbitância que pagámos para comer umas poucas sardinhas, meia dúzia de batatas a murro (batatas cozidas com pele, melhor dizendo), uma caneca de 50 cl de vinho verde tinto e dois pimentos assados, e esperar 45 minutos os dois à mesa pela refeição (30€!!!).

Para o ano, não volto a repetir o erro. Para o ano, guardo-me para o S. Pedro da Póvoa de Varzim, se os exames mo permitirem. Essa sim, uma grande festa!

37 reacções:

Samuel Silva | 12:24

Não há nenhum bairrismo na analise?

Pedro Morgado | 16:12

Sem comentários.

Pedro Morgado | 16:12

Então conjugado com o post anterior é mesmo sem comentários.

Tiago Laranjeiro | 16:31

Não percebo o que tem a ver um artigo com o anterior. O do 24 de Junho já o tinha pronto há algum tempo...

Samuel, não sei se há bairrismo ou não. Não pretendi nunca fazer uma análise perfeitamente imparcial e equidistante do S. João em Braga. Não pretendo sequer fazer uma análise, apenas partilhar a minha experiência de S. João na rua, em Braga.

Samuel Silva | 16:46

Não sei, não fui. Dificilmente irei alguma vez. As festas populares de Junho pouco me dizem.
Preferi passar a noite de 23 entre o castelo de Guimarães e as várias exposições na cidade.

Paulo Lopes Silva | 17:54

Não percebi o problema do posto do Tiago. Foi jantar a uma festa numa cidade, em que pagou bastante para o que comeu, esperou para o comer, foi "agredido" em tom de brincadeira e escreveu sobre a experiência. Contada assim nem eu gostei! E mais não fui lá, por ser avisado de que havia uma meia-dúzia de artistas que aproveitas estas confusões para fazer a caga aos hereges de Guimarães. Mas diverti-me imenso ontem!

Cláudio Rodrigues | 19:13

LOL Paulo, mesmo sendo absurdo esse teu comentário, não me digas que tens escrito na testa que és de Guimarães?

Quanto ao post em si, não gosto muito. Aliás, nada! Por exemplo, se formos a pensar igual, o que se faz no Pinheiro é pagar muito para comer muito mal e depois passar a noite a fazer barulho com caixas e bombos, levar com o cheiro a fritos das farturas e, com sorte, ser agredido com uma baqueta perdida. Ooops! Um vimaranense não pode dizer estas coisas...

Cláudio Rodrigues | 19:20

*Absurdo o motivo desse teu comentário (de que em Braga há "uma meia-dúzia de artistas que aproveitas estas confusões para fazer a caga aos hereges de Guimarães").

Tiago Laranjeiro | 19:40

Cláudio, é verdade: várias pessoas de fora de Guimarães que eu conheço já tiveram essa experiência com o Pinheiro. É legítimo. Mas o Pinheiro não é uma festa que pretenda atrair participantes de fora do concelho; quando muito, pode pretender tê-los a assistir.

Paulo Lopes Silva | 19:50

Onde se lê caga, leia-se caça no meu anterior comentário.

Cláudio, antes de mais da minha vida sei eu e não pretendo partilhar o poder de decisão sobre as minhas escolhas a não ser com um grupo restrito de pessoas próximas. Logo, a opção de não ir ao São João de Braga pelo motivo que disse é legitima e não absurda. Não está escrito na testa mas está em outros lados. E eu sei do que estava falar. Mas para além do meu caso em específico, existem pessoas de Guimarães que se queixam exactamente do mesmo.

E não precisa de estar escrito na testa. Estás na rua, com um grupo de amigos, e ouves um outro grupo de pessoas a entoar cânticos, parecendo em tom de brincadeira, sobre a tua cidade. Entras na brincadeira, e entoas outro cântico de defesa da tua cidade. Cântico após cântico o ambiente fica mais quente e quando olhas já só vês tudo pelo ar. Aconteceu. Não comigo, mas com amigos. Pouco inteligentes, pela escolha de entrar na tal "brincadeira" diga-se. Mas somos livres ou não?

Diz-me que em Guimarães aconteceria o mesmo, e eu digo-te que talvez. Mete o Pinheiro na história e a resposta já é diferente. Por motivos de conceito da festa, por razões históricas, por tantos outros motivos. Oooops, um vimaranense já sabe estas coisas, não preciso de estar a explicar.

Samuel Silva | 20:08

a) O Tiago não gostou. Está no direito dele.

b) Aquilo que o Paulo conta é-me contado por muita gente. O mesmo acontece no S. Pedro na Póvoa. Não vivemos propriamente em metrópoles e facilmente se detecta um "estrangeiro", nomeadamente se ele for um habitual frequentador dessa cidade num dia "normal".

c) Pinheiro e S. João são incomparáveis. Uma é uma festa popular, a outra uma festa de elite, à qual o povo aderiu. As diferenças são tantas que não davam um comentário, antes um estudo científico (que está a ser feito).

Cláudio Rodrigues | 20:08

Paulo, o legítimo e o absurdo não estão no mesmo plano.

Paulo Lopes Silva | 20:20

É legitima. E também não é absurda. Mas entrar em discussão de pormenores quando fugiste a qualquer resposta ao meu comentário era absurdo. Contudo, legítimo.

Riot | 21:00

É uma festa popular, não se podem esperar milagres.

As nossas Gualterianas também são um triste e embaraçoso espectáculo.

Samuel Silva | 21:32

Há festas populares fantásticas, Rui.

Riot | 23:01

Em Portugal? Confesso que desconheço. Mas também, verdade seja dita, ainda não fui a todas.

As Nicolinas ainda são do melhor que temos por cá mas, mesmo essas, estão, aos poucos, a perder o encanto e a tradição.

Hugo Monteiro | 23:05

Festas Populares - Como utilizar:

Ingerir substâncias alcoólicas até deixar de dizer coisas com nexo. Repetir até ser encontrado, numa valeta, por uma matilha de cães rafeiros.


Nossa Senhora dos Remédio: duram um mês. Brutal.

Dario Silva | 23:06

Quem desdenha quer comprar.
Eu, por mim, já raras vezes frequento festas de inteiro cariz religioso.

Tiago Laranjeiro | 23:22

Mas as festas de S. João, de S. Pedro ou de Santo António são de exclusivo cariz religioso? Não me parece...

Aliás, não me parece que qualquer das festas a que habitualmente chamamos festas populares seja exclusivamente religiosa.

Dario Silva | 00:06

Sim, todas elas são festas religiosas. Ou devem ter sido, num passado remoto, imemorável.

Jorge | 00:30

Para quê ir à imitação quando se pode ir à origem. São João é no Porto carago!!!

Em dimensão, em festa, em pessoas, em amviente e sovretudo em identidade o São João do Porto é incomensurabelmente (eia granda palabra) mais vestial que o de Vraga. E sem stresses como este ano pude assistir.

Em anos anteriores que fui ao de Vraga além de trazer sempre que contar quanto a carteiras e chaves fanadas e vatidelas e riscadelas no carro, não vi mais do que um arraial de Berão que cada freguesia tem o seu.

No Minho há vem melhor sem falar em Guimarães sequer. Festa das Cruzes de Varcelos dá queca nos Santinhos todos.

Jorge | 00:33

Identidade é palavra chave!!! Porto 15-0 Braga

Samuel Silva | 01:19

Aí estão os exemplos, Riot. Cruzes, senhora dos Remédios. E eu acrescento: Viana, Ponte de Lima (Feiras Novas e Vaca das Cordas) e Esposende (S.Bartolomeu do Mar).
Motivo: cada uma tem uma identidade, uma marca própria. Os Santos Populares são um modelo prêt-a-porter: Havia três vestidinhos e as terras escolheram o que gostavam mais.

PS: Dos três sou do S. Pedro, mas só por motivos de baptismo...lol

Samuel Silva | 01:19

Aí estão os exemplos, Riot. Cruzes, senhora dos Remédios. E eu acrescento: Viana, Ponte de Lima (Feiras Novas e Vaca das Cordas) e Esposende (S.Bartolomeu do Mar).
Motivo: cada uma tem uma identidade, uma marca própria. Os Santos Populares são um modelo prêt-a-porter: Havia três vestidinhos e as terras escolheram o que gostavam mais.

PS: Dos três sou do S. Pedro, mas só por motivos de baptismo...lol

João Marques | 01:27

Este ano também estive, pela primeira vez, em Braga. Um ano depois, da também primeira vez, no Porto.

Resumindo, não gosto. Nem de um nem de outro.

Mas parece-me, ainda assim, haver "qualquer coisa mais" no do Porto. Braga resumiu-se a dançar entre as duas Avenidas e a esquivar-me de alhos porros e de uma plantas verdes que por vezes pareciam autenticas vergastas.
Pelo caminho as habituais roulotes e barracas.
Mais para as 2 da manha restava apenas aquela "festa" junto à arcada e o belo do cheirinho a droga.

Foi uma noite bem passada? Sem dúvida. Mas, primeiro, pelo jantar em família, e depois por estar entre amigos. Porque da festa propriamente dita pouco se aproveita.
Até porque à pala de algumas marteladas vão se criando confusões, que felizmente conseguimos resolver sem problemas. Mas há quem não tenha tanta sorte.

No Porto é bastante semelhante, mas por ser bem maior e por haver bem mais sítios onde estar, sem "sair" da festa, e o que fazer gostei bem mais do que este ano em Braga.

Para o ano vou experimentar o S. João de Vila do Conde, do qual tenho ouvido muitos elogios.


As festas de religiosas agora só mesmo as procissões. De resto vivem mais de todas as iniciativas que se foram criando...


Não é por ser Vimaranense, mas comparar as Nicolinas a qualquer Santo é pura estupidez. E tal como já disseram, é uma festa que faz sentido apenas a quem estuda/ou em Guimarães.
E que espero que não seja transformado em romaria com barraquinhas e afins...

Tiago Laranjeiro | 01:58

Cuidado, João, que podes-te desiludir com o S. João de Vila do Conde... É muito pequeno e tem muito pouco de marteladas e alhos-porros. Pelo menos assim era, há uns anitos atrás, quando fui. Tem uma particularidade muito engraçada, a disputa entre os ranchos do Monte e da Vila (penso que o segundo se chama assim), no cortejo e na animação. Ainda assim, com amigos deve ser muito interessante.

Por acaso tenho de voltar a ir lá.

Samuel, lembraste aí uma grande festa: as Feiras Novas de Ponte de Lima. Ainda não conheço a Vaca das Cordas, mas deve ser também muito interessante.

Cláudio Rodrigues | 02:00

João, não sei se tiveste a paciência para ler direito, mas a comparação não foi entre Nicolinas e Santos Populares, mas sim entre a descrição do Tiago do São João de Braga e uma possível descrição do Cortejo do Pinheiro. Pura estupidez?

O que este post me parece é mais um daqueles categorizados como "Bairrismo", que faz maravilhas de um lado mas afasta as duas partes. E acho que ninguém aqui reparou nisso...

Afinal qual é o sentido de um texto que da primeira capitular ao último ponto critica a noite que a maioria da população daquela terra vive intensamente? Em tom de ironia fiz o mesmo com as Nicolinas e já ninguém concorda comigo... Está explicado, não está?

João Marques | 02:31

Tiago por ser diferente é que me suscita curiosidade. E o facto de ser pequeno também ajuda, porque aglomerações exageradas de pessoas não me agradam...

Cláudio digo-o porque o S. João é uma festa bem mais tradicional. Uma festa que agrada a bem mais gente fora de Braga/Porto/etc, do que agrada o Pinheiro. Acho que comparar uma festa popular com uma festa estudantil é estupidez.
Digo isto por experiência própria, eu sou das Taipas e apesar de ver o Pinheiro desde pequeno apenas lhe "apanhei o gosto" quando fui no meu 12º, enquanto estudava na Xico. Pelo contrário grande parte dos meus amigos, das Taipas e que sempre por cá estudaram, não entendem nem acham piada nenhuma. Para eles o Pinheiro é apenas uma desculpa para uma bela duma borracheira. Já ao S. João, por exemplo, acham imensa piada. Apesar de não serem de Braga nem terem qualquer tipo de ligação à cidade.

Depois também vês sardinhadas qb em Guimarães a celebrar o S. João. Apesar de não termos ligações nenhumas a essa festa, tirando uma ou outra freguesia. Mas por ser uma Festa Popular as pessoas celebram-na à mesma, sem se perceber bem porquê.
Tanto assim é que a minha Professora de Inglês me perguntou isso mesmo. Por não conseguir encontrar ligação entre a nossa cidade e essa festa.

Daí eu achar ser estupidez comparar as duas coisas.

Cláudio Rodrigues | 02:48

"Para eles o Pinheiro é apenas uma desculpa para uma bela duma borracheira. Já ao S. João, por exemplo, acham imensa piada."

Isto é uma comparação, João, e ou eu devo ter imensas dificuldades em ser irónico, ou sou-o bem demais!

Pela última vez, se fosse ao contrário ninguém concordava, e espanta-me que o pessoal da blogosfera sem fronteiras continue cego com esta coisa da "Guimarães, qual último reduto da Nação"...

Tiago Laranjeiro | 16:40

Cláudio, categorizares este artigo como de puro bairrismo não me parece correcto. Muito mais do que a questão de ser em Braga, faço um relato e uma apreciação do que foi a minha noite de S. João. Ou por definição isso é cair num bairrismo? Ou o facto de eu ser de Guimarães impede-me de fazer qualquer apreciação a uma experiência que tive em Braga sem cair imediatamente no bairrismo?

Acredito que este artigo poderia ser semelhante se tivesse passado a noite de S. João no Porto, o que nunca fiz. Sei bem que poderia haver um artigo muito semelhante a este escrito por qualquer pessoa de fora de Guimarães (porque não de Braga?) que fosse ao Pinheiro. Isso seria bairrismo da parte dele? Não me parece.

Cláudio Rodrigues | 22:39

Cláudio, categorizares este artigo como de puro bairrismo não me parece correcto. Muito mais do que a questão de ser em Braga, faço um relato e uma apreciação do que foi a minha noite de S. João. Ou por definição isso é cair num bairrismo? Ou o facto de eu ser de Guimarães impede-me de fazer qualquer apreciação a uma experiência que tive em Braga sem cair imediatamente no bairrismo?

— Se é só uma apreciação por apreciação, então não me parece muito adequada a um blogue colectivo.

Acredito que este artigo poderia ser semelhante se tivesse passado a noite de S. João no Porto, o que nunca fiz. Sei bem que poderia haver um artigo muito semelhante a este escrito por qualquer pessoa de fora de Guimarães (porque não de Braga?) que fosse ao Pinheiro. Isso seria bairrismo da parte dele? Não me parece.

— Seria. Repara que nem levantas a hipótese dum vimaranense escrever um artigo semelhante a este sobre uma festa de Guimarães. Capisce? ;-)

Tiago Laranjeiro | 23:55

Sobre os critérios do blogue, cabe aos autores, em especial ao fundador do blogue, defini-los. O Samuel não me fez chegar qualquer tipo de observação sobre se acha este tipo de artigos desadequados do blogue. Não é uma apreciação pela apreciação. É um relato do que foi a minha noite. Partilho a minha experiência de S. João, como já aqui disse. Pelos vistos, cometi esse pequeno crime. Um vimaranense devia-se abster de criticar o S. João porque se passa em Braga, senão é logo um bairrista.

Sobre a hipótese de alguém de Guimarães escrever um artigo neste tom sobre o Pinheiro não a coloquei mas nunca a excluí. Existe essa hipótese. E conheço vimaranenses que não gostam da festa. Estão no seu direito.
Se fosse alguém de fora a escrever, acharia de certa forma normal e não um acto de bairrismo.

Samuel Silva | 00:54

Cláudio,

é algum tipo de regra não se colocarem percepções pessoais em blogues colectivos? No fundo as opiniões não são todas pessoais e condicionadas pelas nossas experiências?

O que faz CAA quando no Blasfémias fala apaixonadamente do "seu" FC Porto é mais legítimo do que a forma como o Tiago viveu uma festa em solo não vimaranense?

Quanto a orientações, são poucas: Evitem o internacional, reduzam o nacional ao mínimo e dêem opiniões de forma livre e descomplexada.

Cláudio Rodrigues | 03:27

Tiago, o teu texto não é nada bairrista. Li-o de novo e já percebi que não é. As minhas desculpas por ter pensado que era.

Samuel, se o Pinheiro e o São João são incomparáveis, também não me venhas comparar o Colina Sagrada ("Porque o Colina Sagrada quer continuar a ser, antes de mais, um blogue de Guimarães") ao Blasfémias. Ainda assim o Tiago também não falou apaixonadamente de nada que goste, foi ao contrário. O que eu quis dizer foi que num colectivo como este, julgo eu, não faz muito sentido este tipo de opinião pessoal – como o Tiago quer que seja interpretada – aconteça. Se não tivesse outros objectivos implícitos não a postaria aqui, mas sim no Mater Matuta, como tu fazes as tuas no Do Riso e do Esquecimento e o Paulo faz as dele no Abertamente Falando. Por isso o post está bem no sítio onde está, mas não vamos agora dizer que se trata de um mero relato pessoal. O que se pretendeu foi criar uma má imagem das festas da cidade vizinha e que toda a gente percebeu mas ninguém quer sequer admitir. Tenho pena que assim seja, mas eu não vou debater-me mais por isso... Se só eu é que acho que este não é o caminho, estou de certeza enganado.

Tiago Laranjeiro | 03:56

Cláudio, às vezes fico com a sensação de que na blogosfera ficamos com as conversas e as discussões pela metade.

Repara, estamos aqui perante um artigo que relata a minha noite de S. João, como aqui já disse muitas vezes. Claro que esse artigo vai reflectir a ideia com que eu fiquei da festa na rua. Suponho que isto seja opinião. Tu classificaste a minha opinião como bairrista, o Samuel levantou a possibilidade de ela o ser e pelo menos outra pessoa, o Pedro Morgado, disse-o nas entrelinhas. Não estou aqui a fazer a defesa de Guimarães nem a defender a sua superioridade perante qualquer outra. Não estou também a diminuir a importância de Braga, a mítica arqui-rival de Guimarães, por ter tido uma má experiência no S. João. Há muita gente, de Braga, de Guimarães, do Minho e de outros pontos de Portugal, certamente, que gostam muito do S. João na capital do meu distrito. Não vejo mal nenhum nisso, muito pelo contrário. Eu não gostei da experiência e resolvi partilhar a visão com que fiquei da festa neste espaço.

Recorrendo à analogia já aqui feita e que me parece correcta colocada nos termos em que foi, também eu gosto imenso do Pinheiro e conheço imensa gente para quem a festa é indiferente ou que não gostam dela, de Guimarães e de fora de Guimarães. Também não vejo mal nenhum nisso.

Agora, por favor, não ponhas intenções onde elas não existem. Nunca quis dar má imagem de Braga com este artigo, nem sequer me acho em posição de influenciar quem quer que seja nesse sentido. Ou será que toda a partilha de experiência, toda a opinião, tem a intenção de influenciar os outros? Eu sou dos que pensam que não.

Quanto ao espaço em que o publiquei, como eu já disse e como o Samuel veio confirmar, no meu entender este artigo não vai contra nada do que me foi dito sobre o que se pretendia do meu contributo para este espaço. Este artigo é sobre a região e mostra de forma livre o ponto de vista do seu autor.

Cláudio Rodrigues | 16:25

Se por acaso eu não tivesse estado no São João de Braga nessa noite, tu tinhas-me influenciado com a tua opinião. A comunicação é assim mesmo... Tiago, as pessoas só "perdem tempo" a partilhar informação porque pretendem influenciar o receptor com a sua experiência, com aquilo que consideram verdadeiro, com aquilo que encontraram, sei lá, com algo que pretendem transmitir. Quando não existe realmente essa intenção, escreve-se o relato num diário privado, por exemplo.

Nota ainda que eu não questionei os critérios do Colina, e não foi nem é essa a minha intenção, pelo contrário. Eu só disse e repito que, estando o teu texto publicado neste espaço, ele é lido/interpretado de forma diferente do que se estivesse num blogue "pessoal" (tipo o do Márcio, o de Vizela, hehe). Para mim não adianta dizer o texto é um mero relato sem intenções, porque não o é, senão não estaria aqui.

Mas, como disse, acho que não adianta alongar mais esta discussão... Já me estou a repetir desde o início...

Tiago Laranjeiro | 19:30

Ok. Percebi o teu ponto de vista. Claro que uma opinião, lida, vai acabar por ser tida em conta na opinião que o leitor vai acabar por formar do assunto, pois absorverá tudo o que vê, lê e ouve. Mas não foi esse o motivo que me levou a escrevê-la aqui. Como já disse.

Um abraço!