Passividades
Foi com espanto que recebi a notícia do aumento do passivo do Vitória na última época.
Ainda por cima quando o presidente do Vitória tinha dado, não há muitos meses, várias entrevistas aos jornais desportivos nacionais em que garantia que o passivo estava controlado e que ia ser abatido logo no exercício 2007/2008.
Ora o que nos trouxe a realidade foi um resultado líquido de 2,1 milhões de euros negativos e um aumento do passivo pouco mais baixo, na ordem dos 1,7 milhões de euros.
De memória, lembro-me de meia dúzia de despesas que possam justificar esta resultado: a compra do autocarro do clube e das carrinhas para as camadas jovens, o novo campo sintético e o encerramento do Bingo.
Mas a época passada foi a época de todos os encaixes. O Vitória voltou a ter publicidade nas camisolas, depois de uma época sem sponsors, houve um acordo de publicidade no estádio e complexo com o Continente e a venda no naming da bancada nascente à Super Bock. A estes juntam-se as saídas de Pele e Rabiola, com as quais se esperava o Vitória teria feito um bom negócio e um aumento do número de sócios e de lugares anuais vendidos. Com praticamente a mesma equipa da época anterior, com salários em muitos casos baixíssimos para um clube que ficou em 3º lugar e um investimento reduzido no reforço da equipa.
Como foi possível chegar a este valor? À primeira vista e face à incapacidade demonstrada pela direcção do Vitória em apresentar uma justificação sustentada, a resposta é a má gestão financeira do clube. E, face a este descalabro, os sócios não podem ser passivos. Sexta-feira à noite temos a palavra.
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