Paga a província!

Aquilo que o Pedro Morgado critica e que a crise petrolífera que se começa a instalar veio sublinhar, é apenas o reflexo da injusta, errada e suicida política de transportes nacional. A forma como o resto do país ajuda a pagar a factura dos transportes das duas metrópoles é escandalosa, como este e outros blogs minhotos vêm afirmando há bastante tempo.

Engraçado é como os portuenses, sempre lestos a criticarem as injustiças lisboetas, assobiam para o lado nesta questão. Quanto a nós, Minho, temos que continuar a pagar as nossas portagens e os nosso transportes públicos, muitas das vezes para termos um serviço escandalosamente fraco como o que a CP presta na linha de Guimarães.

Mais sorte terão os bracarenses, a quem a autarquia vai pagar os aumentos dos custos nos TUB. É a vantagem (e a visão) de não ter alienado um sector estratégico como o dos transportes a um operador privado.

Noutro âmbito, mas ainda relacionado com esta matéria, achei divertida uma reportagem da SIC ontem em que se provava como é mais barato ir de comboio para o centro da capital do que utilizar o carro. "Por causa do aumento dos combustíveis", diziam os senhores. O que eles se esqueceram é que, mesmo que os combustíveis não tivessem aumentado, economicamente é quase sempre mais vantajoso viajar de transportes públicos.

Mas foi preciso chegar a uma situação insustentável como a que vivemos hoje para que a Comunicação Social, e por consequência o país, tomassem conhecimento disto.

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