O que faz falta é estupidificar a malta!

A auto-intitulada “melhor Academia do país” é um fantasma bolorento. Da ideia de Universidade enquanto espaço de Cidadania, que estimula o espírito crítico e forma cidadãos responsáveis, restam pouco mais que esqueletos e aranhas. Cinzento, cinzento, cinzento.

A UM pode afirmar-se no domínio da produção do conhecimento. Mas entre os alunos passa um frio baço de quem não se identifica nem uma ponta com o que por lá se faz. E, ainda assim, poucos são os que agitam as escolas e institutos.

E a AAUM é a face mais visível e responsável da anomia que perpassa a Academia. A dinastia gizada por Vasco Leão – hoje director da Rádio Universitária do Minho e do jornal Académico – e seguida por Jorge Cristino – que calou o Académico para o entregou ao seu “pai de fé” – tem vindo a perder capacidade de intervenção. Ao mesmo tempo que reforça os mecanismos de perpetuação no poder.

Fechar jornais, rejeitar administrativamente candidaturas da oposição, arregimentar “tropas” por via da praxe académica, são modos de acção próximas das ditaduras. E vale tudo para manter o lugar entre o directório da Académica. O facto de Pedro Soares, o mais inerte presidente da AAUM em anos – esquecendo que Roque Teixeira alguma vez tenha existido – ir
sozinho às urnas nas eleições de hoje é ainda mais preocupante.

Para quem duvida deste retrato negro, um facto: De manhã tinham votado
150 alunos.

A ler: Moisés Martins – “
Associação Académica e Assembleia Estatutária


4 reacções:

Ricardo Gomes | 22:18
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricardo Gomes | 22:27

Senhor Samuel Silva: sabe que o senhor professor Moisés tem toda a razão? Ele sabe do que fala e porque o faz. Deve ter-se excedido e não se lembrou que estava em Guimarães. Mas olhe senhor Samuel Silva a senhora vereadora deve ser muito emotiva e reagiu assim para que os equilibrios politicos não sejam postos em causa. Porque ela bem sabe que não faz sentido nenhum estar a espartilhar sinergias.

O senhor não percebeu nada pois não? Eu explico: foram pôr em causa o que o senhor professor Moisés disse em Azurém, sabe. Mas o senhor professor tem toda a razão. A máquina universitária é cada vez mais pesada e falta-lhe óleo, porque e há quem queira emperra a coisa e de fora.

Anónimo | 09:35

Tenho a impressão de que o Senhor Ricardo Gomes estará a fazer confusão com algo que leu noutro sítio, provavelmente ali: http://cafetoural.blogspot.com/2007/12/moiss-mirim-e-o-entorse.html

Se tivesse razão quanto a isso de não fazer "sentido nenhum estar a espartilhar sinergias", então deveria defender a transferência para Guimarães, para a Escola de Engenharia, os cursos de engenharia que estão em Gualtar.

Samuel Silva | 12:53

Eu até conheço a polémica entre a vereadora da cultura e o professor Moisés, mas não escrevi sobre ela.
Citei o prof. Moises a propósito das eleições na AAUM e nada mais.