“Insultos, gritaria e troca de acusações”.

O título do post é o início da notícia de hoje do Jornal de Notícias acerca da anulação do espectáculo da “Ópera dos Três Vinténs” no Theatro Circo.

Em Guimarães é costume olhar-se para a casa de espectáculos de Braga como um exemplo, na hora de fazer críticas à gestão do Centro Cultural de Vila Flor. No entanto, as críticas entre os bracarenses não são novas, estendem-se quase desde que o Circo reabriu, como aliás já sublinhava o
Pedro Morgado em Maio deste ano (e em Novembro de 2006).

A “peixeirada” da ópera dos Vinténs é só mais um exemplo do mal-estar que a gestão do Circo motiva. Ainda que seja para muitos vimaranenses o verdadeiro exemplo de bem fazer cultura.

Não sou dos que embarcam no endeusamento de Paulo Brandão, por oposição aos gestores do CCVF. Mas reconheço méritos inquestionáveis ao programador do Theatro de Braga. Visão, conhecimento e capacidade financeira fazem a programação do Circo e afirmam-no num mercado que vai de Aveiro à Galiza.

Um dos envolvidos na polémica da ópera diz que a programação do Theatro Circo é “carne picada, importada dos Estados Unidos, com que se fazem hambúrgueres culturais. O Theatro Circo é nesta altura o MacDonalds da cultura em Portugal". Com “chicha” como a de
ontem, hei-de passar mais vezes na sala de espectáculos bracarense.

post scriptum – O caso da “Ópera dos Três Vinténs” não é difícil de entender. O espectáculo era uma co-produção do Circo, Casa das Artes de Famalicão, Centro Cultural de Vila Flor e Teatro Aveirense. Já tinha passado por estas três cidades, com preços entre os 10 e os 15 euros. No Circo pagava-se 30 pela mesma peça. Não se estranha, por isso, os míseros 70 bilhetes vendidos.

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