Precários de todo o mundo: uni-vos
A precariedade dos jornalistas é um fenómeno crescente e preocupante. Tenho para mim que é uma das situações que melhor ajuda a compreender a recente perda de qualidade da generalidade dos títulos nacionais.
Esta é uma realidade que me preocupa particularmente, uma vez que, em breve, serei com certeza um destes precários, se quiser mesmo fazer do jornalismo profissão. Mas a minha inquietação vai além desta lógica egoísta.
Como democrata empenhado, vejo com muita apreensão que os jornais se dispam de vínculos aos seus profissionais, deixando-os cada vez mais isolado na relação com as fontes e as pressões do dia-a-dia. E, por via disso, mais expostos.
Em Portugal nasceu já um movimento de jornalistas precários que se batem por melhores condições de emprego e protecção, os Precários Inflexíveis. È um bom ponto de partida para trazer para a opinião pública questões essenciais que se arriscam a ficar de fora das agendas mediáticas por motivos óbvios.
Esta noite, o Clube de Jornalistas, na 2:, analisa o precariedade na classe jornalística em Portugal. O site do clube sumaria as principais questões que o fenómeno levanta:
“Ninguém sabe, com rigor, quantos jornalistas precários há em Portugal. Sabe-se que são muitos, entre contratados a prazo, trabalhadores à peça, «free lancers» e outras modalidades criadas pela imaginação das administrações. A precariedade do emprego fragiliza o jornalista e o jornalismo e conduz à fragilização das empresas. No limite, traduz-se numa fragilização da liberdade, logo, da democracia. A inexistência de garantias de uma carreira profissional estável já levou muitos e bons jornalistas de todas as idades a abandonarem a profissão”.
Esta é uma realidade que me preocupa particularmente, uma vez que, em breve, serei com certeza um destes precários, se quiser mesmo fazer do jornalismo profissão. Mas a minha inquietação vai além desta lógica egoísta.
Como democrata empenhado, vejo com muita apreensão que os jornais se dispam de vínculos aos seus profissionais, deixando-os cada vez mais isolado na relação com as fontes e as pressões do dia-a-dia. E, por via disso, mais expostos.
Em Portugal nasceu já um movimento de jornalistas precários que se batem por melhores condições de emprego e protecção, os Precários Inflexíveis. È um bom ponto de partida para trazer para a opinião pública questões essenciais que se arriscam a ficar de fora das agendas mediáticas por motivos óbvios.
Esta noite, o Clube de Jornalistas, na 2:, analisa o precariedade na classe jornalística em Portugal. O site do clube sumaria as principais questões que o fenómeno levanta:
“Ninguém sabe, com rigor, quantos jornalistas precários há em Portugal. Sabe-se que são muitos, entre contratados a prazo, trabalhadores à peça, «free lancers» e outras modalidades criadas pela imaginação das administrações. A precariedade do emprego fragiliza o jornalista e o jornalismo e conduz à fragilização das empresas. No limite, traduz-se numa fragilização da liberdade, logo, da democracia. A inexistência de garantias de uma carreira profissional estável já levou muitos e bons jornalistas de todas as idades a abandonarem a profissão”.
1 reacções:
A precariedade é o maná de muitos gestores e neoliberais. Uma indignidade que conduz à mercenarização do jornalismo, à perpetuação de situações precárias, de falsos independentes por anos e anos, em órgãos respeitáveis que amiúde fazem reportagens e peças sobre...a precariedade do trabalho.
Um precário
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