O descontrolo...

Vítor Magalhães perdeu a cabeça. Desde que foi eleito presidente do Vitória – e especialmente desde que cedeu a pressões várias e abriu as portas da saída a Manuel Machado, o verdadeiro responsável pelo “fenómeno Moreirense” – os erros de Magalhães têm sido mais do que muitos.

Não vale a pena enumerá-los todos (a lista seria bem grande…), mas lembro-me constantemente de exemplos gritantes de incompetência nunca explicados: Tiero, Gallardo e agora Lucas.

Mas os últimos tempos têm tido contornos de loucura. Primeiro veio a declaração de que saía do Vitória de “consciência tranquila”. Esta semana fui surpreendido com a suspensão de Targino, Pelé e Ghillas. Motivo: uma saída nocturna contrária ao regulamento interno do clube. Estranho a decisão.

As saídas nocturnas dos futebolistas não são fenómeno local. E, mesmo assim, as saídas dos jogadores do Vitória têm sido mais do que discutidas entre os vitorianos. Porquê castigar apenas agora?

Mais: os três jogadores foram utilizados no domingo, contra o Varzim, e apenas na segunda-feira castigados. Por outro lado, certamente que Targino, Pele e Ghilas não são os únicos vitorianos na “noite”. Porquê estes três?

Esta demonstração de força por parte da direcção chega um pouco tarde. O Vitória está ingovernável há muito e essa instabilidade já se estendeu ao balneário há tempo suficiente para ser facilmente notado. Castigar agora parece uma espécie de maquilhagem de três anos de mão governo do clube e de responsabilidade por uma crise que, mais do que financeira, é de identidade, no maior clube do Minho.

Além disso, Targino e Pele são apenas os “bodes expiatórios” desta desvairada estratégia. São os mais novos do plantel e, por isso, os mais facilmente castigáveis. Ainda para mais “põem-se a jeito” – a bem da verdade –, pelo que para o comum vitoriano facilmente se coloca os “miúdos” no lugar de culpados.

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